segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Verdades

Definitivamente estou passando por um momento intenso, importante, delicado e altamente perigoso de minha vida: a conclusão de um curso de graduação e a tão chegada na tão temida vida adulta. Já me perguntei várias vezes o que é ser adulto. Já tentei fraquejar algumas outras ao ver o quão difícil é abrir mão de algumas coisas em prol de uma certa maturidade. Já conversei com filósofos, durante minhas leituras noturnas, com minha terapeuta, durante minhas sessões mais intensas, e com amigos, acompanhado de cafés ou cervejas da vida. Mas afinal, o que é ser adulto? Como conseguir esta proeza? Como, enfim, chegar lá?

Como vocês podem imaginar, ninguém me deu tal resposta. E nem eu a descobri, até porque estou começando (começando???) a acreditar que ela não existe, como tantas outras que estão nos rondando por ai. "Não existe verdade, e sim verdades" (frase de alguém. Definitivamente não é minha).

Fiquei sabendo, a pouco, que meu primo agora é pai. Este meu primo, Aislan, era aquele primo-irmão, com quem eu brincava nas tardes de férias, viajava durante a semana de praia no sul da bahia ou nas praias capixabas, quem me mostrava o que fazer e, princinpalmente, o que não fazer (era um capeta o rapaz...). Mas sabe aquela sensação de "poxa, meu primo, aquele que tem quase a mesma idade que a minha (dois anos a mais), agora é pai"? Pois bem. Uns dias atrás alguém comentou comigo que a vida simplesmente nos empurra pra fora da caixa, nos presentando com situações cada vez mais complexas.

Não que o fato de meu primo ter tido um filho seja complexo para mim. Mas isso foi, definitivamente, uma pequena mostra de que a vida empurra, e eu já estou conseguindo ouví-la lá da ponta do precipício dizendo em alto e bom som:

- Neeeext!

Um comentário:

Paulo Henrique Basto disse...

Bom, eu acho que eu já tô em queda livre. Sim, as coisas acontecem rápido mesmo, rápido demais. Rápido a ponto de voce sentir falta de tudo e todos que voce mais gosta e saber que não tem como viver e sentir mais aquilo tudo. Rápido a ponto de voce acordar num dia, se olhar no espelho e pensar: "essa cara já não é minha" E no fundo voce pensa: Porra, não vou me adaptar como tu mesmo quase "declamou" dia desses. Mas agente cresce, vê o resultado dos nossos esforços, vê que tem que suar pra subir cada degrau da vida, mas que é um dos melhores suores do mundo, o seu, pelo que é seu. Enfim só espero que lá embaixo, no final do caminho dessa queda livre tenha um puff gigante pra me aliviar o baque :)

ph