quarta-feira, 3 de junho de 2009

Você acredita no que quer.

Consegui ver "Divã" hoje no cinema e só posso dizer que o filme é muito bom. Bom tanto pra dar risada como também para pensar a respeito da vida. Fico feliz que os filmes brasileiros estão melhorando de qualidade, saindo do arroz com feijão básico e botando um humor mais inteligente, com diálogos que podem ser levaods para uma mesa de bar depois e comentados, aos montes. Foi o que aconteceu, ao mru ver, em 'Romance", e repetiu agora (lógico, "Romance" é muuuuuuuuuuuuito mais denso).

Uma das cenas chaves do filme é a primeira "alta" da personagem, quando ela dá conta da insignificância em ficar lutando contra uma maré que não está favorável para ela. Quando ela para pra ver que as coisas não são assim como ela queria que fosse, mas que nem por isso ela tem que deixar de viver ou até viver sofrendo por isso. Resumindo, quando ela aprende, psicanaliticamente falando, a conviver com a falta.

Acho que a grande graça de uma análise é se conhecer, aos poucos, para que num futuro você perceba seus próprios atos e como escroto você foi contigo mesmo. A graça (e o temor) de uma análise é, para mim, compreender que o outro não é você, que ele não vive para você, e que as coisas não funcionarão como você quer que sejam. Uma vez, um professor de Psicologia Analítica (mais conhecida como Junguiana) disse uma frase que marcou:

- A primeira coisa que você tem que ter em mente antes de culpar outrem é que as expectativas eram SUAS. Portanto, assuma o sentimento de decepção que você mesmo criou.

Pesado. Mas não menos verdadeiro. Chegando em casa, após cantarolar Grand'Hotel no carro, me avisaram de situações não tão éticas que aconteceram por ai. Infelismente (ou nao), eu não posso controlar as pessoas. Mas felizmente nós podemos não permitir sermos controlados por elas. Faça sua escolha e aceite suas consequências.

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