quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cansei de ser sexy

Falar, falar, falar. Como disse no post anterior, estou reprimindo muitas coisas (idéias, textos, alegrias, raivas) estes dias. Nada forçado ou exigido, apenas por preguiça ou vontade própria mesmo. A grande questão foi o resultado: ansiedade, sonhos, dores no corpo, e a já constante rouquidão.

Pois decidi que cansei de ficar calado e vou começar a me expressar. E quando digo isso falo no sentido mais amplo da coisa: vou começar a falar de filmes, de livros, de músicas, de pessoas, assuntos, novelas e, óbvio, de mim. A verdade é que eu "Cansei de ser medroso". Já passou da hora de eu dar minha cara a tapa, e receber críticas e elogios por isso.

Eu tenho uma certa necessidade de ser gostado, agraciado, amado (por mais "largado" que eu possa me comportar em várias situações). Mas cansei disso, de ser carente, de ficar em busca de elogios enquanto passo por cima de mim mesmo, do que de fato eu busco. Chegou a hora de ser eu, Olavo Coelho, em toda sua graça e deficiências, mas "Just Olavo".

sábado, 28 de novembro de 2009

Hoje estava relendo Veríssimo na praia (sim, eu estava na praia e até que me diverti) e fiquei com saudades de escrever aqui. Não sei se vocês sabem, mas escrever como ele, com sua sutileza, facilidade, clareza e ironia, é meu objetivo de vida como escritor! Muito feijão ainda pela frente, mas quem sabe um dia eu não consiga, não é mesmo? rs

Enfim, estou num momento muito produtivo de minha vida (literariamente falando), mas chego em casa já tarde, com tanta coisa para fazer, que acabo não tendo paciência pra digitar aqui sobre as coisas que aconteceram (e que merecem ser ditar) durante o dia. Acabo mentalizando um post ali na hora, de cabeça, criando frases, parágrafos, desenvolvendo idéias, falando para mim mesmo, tornando eu o leitor de mim mesmo.

É uma pena porque o ato de postar aqui é dar vida a algo que até então não existe, que está ocupando espaço no HD de minha cabeça. Tudo bem que eu crio aquele post mental na hora e depois nem lembro mais, vai pro lixo. Mas, indo ou não pro lixo, o fato é que aquele material continua ali, preso em mim, com todas suas construções simbólicas, linguísticas e emocionais. Por isso gosto tanto do ato de postar, livrar aquilo tudo de mim, dar vida a um novo ser, pensamento, texto, divagação. Liberar espaço no meu HD (por mais que saiba que as coisas ainda continuarão lá, mas ao menos a gente se sente mais livre daquilo tudo).

Estou, de fato, precisando postar mais aqui. Liberar mais espaço nessa cachola, dar uma compactada nos arquivos, fazer uma limpeza do sistema. Acho que vai me ajudar.

sábado, 17 de outubro de 2009

Salvem-me!!!!

A real é que comecei a se "adulto" agora e estou começando a "cristalizar", como acontecem com as pessoas mais idosas.

- Mas Olavo, o que seria cristalizar?

Estudei isso na faculdade e não tenho certeza se é este o nome, mas foi o que me veio na cabeça agora. É a fase da vida em que as pessoas mais velhas tendem a fechar as portas para as coisas novas (gostos em geral), não se permitindo a conhecer o novo.

Eu estou por ai, com a única diferença é que estou "cristalizando" por falta de tempo mesmo. Antes tinha tempo pra ficar na net navegando, em busca de coisas novas (cantores(as), principalmente), e sempre descobria alguém bom e até então desconhecido. Hoje me peguei (e não foi a primeira vez) ouvindo minhas músicas no Winamp a partir do sistema deles lá, em que só ouço as preferidas, as que avaliei como melhores. O que isso significa??

Significa que na falta de tempo vou logo para o certo, sem ficar procurando pelo duvidoso. Mas acho que estou novo demais para já estar me cristalizando nas coisinhas que conheço, afinal, ainda tenho muiiiiiiiito que conhecer e, de fato, gosto muito da sensação de descobrir o novo.

Resultado, vim logo para o Orkut caçar nomes até então inexplorados nas comunidades de música e botar pra baixar. E vocês? Alguma surpresa a oferecer??


Ps.: Acabei de ver o trailer de "Alice no País das Maravilhas" de Tim Burtom. Muito bom!!!!!!

domingo, 26 de julho de 2009

Estresse

Controlando o estresse

Dr. Alessandro Loiola*

(BR Press) - Muito se fala em controlar o estresse, mas quem é capaz de controlar todas as situações que a vida coloca nos no caminho? Ninguém.


Entretanto, o que você PODE e DEVE fazer é controlar a maneira como seu corpo responde aos desafios à sua frente. Para lidar em paz com os dias nervosos deste novo século, costumo indicar o seguinte:


Durma
Por mais contraditório que possa parecer, os cientistas já provaram que dormir ajuda a resolver problemas. Isso porque seu cérebro não pára e, durante o sono, ele se sente mais livre para procurar novas conexões neuronais - e em uma delas pode estar aquela solução que você tanto procurava! Nunca subestime o poder solucionador que uma rápida soneca é capaz de oferecer, mas não use isso como desculpa para dormir em serviço.

Alimente-se direito

Depois daquela discussão, o menos recomendável é sair para um cafezinho: o café é um estimulante do sistema nervoso e irá aumentar seu nível de irritação, dando mais combustível para outra meia hora de bate-boca. O melhor para manter o equilíbrio é tomar bastante líquido o dia inteiro e seguir uma rotina alimentar baseada em frutas, vegetais, legumes e carnes brancas.

Pratique exercícios regularmente

Pode parecer repetitivo, mas os problemas não são assim também? Está provado que os exercícios melhoram a saúde física e mental. Agora levante dessa cadeira e leia o restante desta crônica correndo em círculos pela sala.

Tenha hobbies

Um hobby pode ser classificado como algo que relaxa e distrai, ao mesmo tempo em que estimula e organiza seu mundo interior. Desenhar, praticar jardinagem, tocar algum instrumento musical ou conversar com velhos amigos (e fazer outros novos) são bons exemplos.

Mime-se

Você guardou tanto para aquele carro, porque não faz o mesmo esforço para presentear-se com uma viagem ou três dias em um SPA?

Estimule sua mente

Uma situação estressante não é uma ameaça, mas um desafio para o seu raciocínio. Considere seu cérebro como o músculo mais especializado do seu corpo. Não o deixe atrofiar por falta de estímulo!

Cabeça erguida sempre

Caiu? Levante. Errou? Peça desculpas e siga em frente. Olhe atentamente: o mundo está sob seus pés, não sobre seus ombros.

Processe suas emoções

Ao sentir uma emoção forte que poderá repercutir sobre você de modo negativo, guarde-a para si por alguns segundos, minutos, horas ou mesmo dias, até ser capaz de fazer uma análise mais racional do que ocorreu. Exteriorizar o que você está sentindo não é o mesmo que despejar um caminhão frustrações sobre o primeiro vivente que cruzar seu caminho.

E acredite em algo

Pessoas "espirituais" tendem a ser mais saudáveis que pessoas "não-espirituais". A prece e a meditação são ferramentas úteis para aliviar o estresse, e nos dão uma consciência mais serena sobre quem somos, quais são os nossos limites e o que realmente tem importância nessa vida.

(*) Dr. Alessandro Loiola é médico, escritor, palestrante, autor de Vida e Saúde da Criança e Crianças em Forma: Saúde na Balança (www.editoranatureza.com.br). Fale com ele pelo e-mail aloiola@brpress.net ou pelo Blog do Leitor.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

segunda-feira, 20 de julho de 2009

The Fear

Pronto. Já que não consigo chorar, eu falo! Falei, falei e falei, até que esvaziou. Tô pronto pra mais um round.

Mente do diabo

Fui cair na besteira de revirar blogs alheios e aqui estou eu, remoendo sentimentos e "wondering the wonders", como se marca. A angústia cresce, os pensamentos pioram, e o que mais queria era conseguir chorar, pra quem sabe diminuir a pressão do balde. Mas quem disse que consigo...

Mas é isso ai. Sorry my first love. É isso aí.

domingo, 19 de julho de 2009

Harry Potter

Ontem fui ver Harry Potter e até que gostei do filme. Estava lendo críticas antes de assistí-lo, e concordo com a crítica que o Omelete fez, referindo-se ao novo filme como o início de uma trilogia, a trilogia final. Concordo porque, de fato, este novo filme é pouco parecido com os anteriores, dando espaço para o que vem por aí.

Estava com receio de não gostar deste porque simplesmente odiei o anterior. Tenho quase certeza que essa minha visão foi influenciada pelo fato de ter lido o livro 5 pouco tempo antes de ver o filme, então ele ainda estava fresco na memória, o que não aconteceu com o 6, que já li há um bom tempo. Foi quando me questionaram se era melhor ler o livro e não ver graça no filme ou ver o filme e não ter mais porque ler o livro.

Bom, a princípio acho que as duas coisas não são excludentes. Eu, num exemplo com o próprio Harry Potter, já havia visto os quatro primeiros filmes antes de de ler os livros, mas quando li os livros vi que tinha muito mais coisa ali que não sabia, detalhes interessantes. E o melhor foi que, depois da leitura de cada livro, acabava revendo o filme. :)

Concluindo então, acredito que não importa a ordem dos fatores neste caso, desde que tenha tido um tempo entre uma e outra, minimizando as possíveis imperfeições no roteiro e etc.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Quidam!

Oficialmente, irei no Cirque de Soleil aqui em Salvador ver Quidam!!! Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!! Iria comprar o setor do fundão, como antes, mas está rolando uma promo aí (que começou ontem, por sinal) e venderam o setor 2 (não tão fundão, mas ladão) pelo mesmo preço do outro! SUPER!

Já tinha desistido de ir, mas ao ver que eles prolongaram a estadia em terras baianas, resolvi comprar! Agora é só esperar chegar setembro! :)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Love is noise

Angustiante ver uma história se repetindo, com novos atores em cena. Eu só fico me perguntando:

"Será que estes vão encenar melhor os papéis? Será que vão conseguir aquilo que não conseguimos?"


sábado, 27 de junho de 2009

Quintanianas


Estava no Fran's Café com uns amigos num dia desses aí quando surgiu o tema poesias no papo. Confesso que nunca fui um grande fã de poesias, achando chato mesmo. Uma ou outra, algumas vezes, conseguiram prender minha atenção, mas é algo difícil. No entanto, durante o bate-papo, foi dito o nome de Mário Quintana, algo como "se você quer começar a gostar de poesias, comece por ele". Pois bem, comecei. E até que gostei de algumas. Resolvi compartilhar aqui.


DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.


SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...

Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,

eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.


"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão
de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!"


sábado, 20 de junho de 2009

Sobre duas rodas

Hoje tive minha primeira experiência sobre duas rodas. Fiquei tenso no começo, já que não havia andado mais de moto desde o dia em que tirei a carteira (o que já tem uns meses). Mas depois fui relaxando e pegando o jeito. Ainda tenho medo dos carros, e ter andado hoje foi ótimo porque a cidade está super vazia por causa do São João. Mas o que me deixa mais alegre é saberque economizei 10 reais, o que gastaria de álcool se fisesse o mesmo trajeto by car.

Empty

Empty. It's what a feel about myself now. But isn't an ordinary feeling of emptiness, it's a strange one. Is it good? I really don't know.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hey Jude

Não estou podendo postar o que vem na minha cabeça nestes últimos dias, portanto estou deixando as canções falarem por mim. Então segue mais três vídeos, todos de um filme que amo, Across the Universe.









segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pride

Vontade da porra de falar, falar, falar, falar... nestas horas que eu vejo o quão determinado eu sou em algumas situações. Dá até pra ter orgulho.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pra você

Subindo a Ladeira
Vander Lee

Quando te vejo subindo a ladeira
Ponho minha roupa de domingo, toco violão
Lanço meu sorriso de Marcos Palmeira
Mostro meu corpinho fabricado pela malhação.

Quando te vejo subindo a ladeira
Faço aquele tipo mauricinho que é de matar
Te chamo prum pagode lá em Madureira
Mostro o meu book da Sonora pra te impressionar.

Por que você não vem me dar amor
Por que você não vem pra mim
Eu não sou a garota de Ipanema
Mas você também não é um Tom Jobim.

Expiadelicious

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Who am I to disagree?

Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
I Travel the world and the seven seas
Everybody’s looking for something

Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Você acredita no que quer.

Consegui ver "Divã" hoje no cinema e só posso dizer que o filme é muito bom. Bom tanto pra dar risada como também para pensar a respeito da vida. Fico feliz que os filmes brasileiros estão melhorando de qualidade, saindo do arroz com feijão básico e botando um humor mais inteligente, com diálogos que podem ser levaods para uma mesa de bar depois e comentados, aos montes. Foi o que aconteceu, ao mru ver, em 'Romance", e repetiu agora (lógico, "Romance" é muuuuuuuuuuuuito mais denso).

Uma das cenas chaves do filme é a primeira "alta" da personagem, quando ela dá conta da insignificância em ficar lutando contra uma maré que não está favorável para ela. Quando ela para pra ver que as coisas não são assim como ela queria que fosse, mas que nem por isso ela tem que deixar de viver ou até viver sofrendo por isso. Resumindo, quando ela aprende, psicanaliticamente falando, a conviver com a falta.

Acho que a grande graça de uma análise é se conhecer, aos poucos, para que num futuro você perceba seus próprios atos e como escroto você foi contigo mesmo. A graça (e o temor) de uma análise é, para mim, compreender que o outro não é você, que ele não vive para você, e que as coisas não funcionarão como você quer que sejam. Uma vez, um professor de Psicologia Analítica (mais conhecida como Junguiana) disse uma frase que marcou:

- A primeira coisa que você tem que ter em mente antes de culpar outrem é que as expectativas eram SUAS. Portanto, assuma o sentimento de decepção que você mesmo criou.

Pesado. Mas não menos verdadeiro. Chegando em casa, após cantarolar Grand'Hotel no carro, me avisaram de situações não tão éticas que aconteceram por ai. Infelismente (ou nao), eu não posso controlar as pessoas. Mas felizmente nós podemos não permitir sermos controlados por elas. Faça sua escolha e aceite suas consequências.

sábado, 30 de maio de 2009

Falta

Pras coisas ficarem exatamente como eu quero só falta uma coisa: eu parar de dar prioridade a namoros e pensar mais em minha vida profissional.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mentiras

Estava lendo um e-mail que recebi e, ao mesmo tempo, na rádio tocava "Mentiras" de Adriana Calcanhotto. Uma parte me chamou atenção:

"Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua alma
Queria falar sua língua..."

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Se jogue.


"O pensamento é o ensaio da ação", diz Freud. O problema é quando as pessoas pensam demais e atuam de menos. Tem até uma música de Tim Deluxe, que adoro por sinal, cujo nome é "Less talk, more action", super a ver com o dito acima. Eu sei que pensar é mais confortável que agir, afinal, você pensa o que quer (será?), tendo controle de tudo (hum?), enquanto o brinquedo "sair pela porta de casa e viver" tem o preço caro do ingresso: perda de controle. E como é ruim não ter controle sobre as coisas. Quanta angústia é viver num mundo "fora da ordem". Lembro muito bem, numa de minhas sessões de análise, minha analista comentando das fantasias, de como somos governados por elas. Lembro que fiquei intrigado e questionei:

- Sei lá...
- Sei lá?
- Eu sei. É estranho pensar que uma fantasia, algo criado pela mente, pode interferir tanto em minha vida.
- Interfere Olavo. Você não imagina o quanto.

E não imaginava mesmo! Foi algo parecido com isso, mas foi importante, um dos momentos de quebra de paradigma. Me intrigava imaginar que uma coisa inventada por nós mesmos poderia direcionar nossas atitudes , comportamentos e nossos próprios pensamentos posteriores. Essa é a beleza da psicologia, ao meu ver. Perceber que ali, naquele pequeno e aparentemente insignificante instante, muita coisa pode ser mudada. É parar pra perceber que são as sutilezas que vão nos construindo, os pequenos grãos de poeira que se juntam é que fazem o que nós somos hoje. E é exatamente me ver em análise, tirando grão por grão e olhando pra eles com uma lupa, é que me deixa fascinado. Como um pequeno grão pode ser tão significante. Sem contar na beleza de ver as outras pessoas (nossos pacientes) percebendo seus grãos e os examinando também. Com isso, posso voltar nas minhas perguntas iniciais, as que estão em parênteses.

Será que você pensa o que você quer?
Será que temos controle de tudo que nos envolve?

Nem... Freud já disse que não há 100 anos atrás. Bestão quem ainda acredita nisso e prefere viver pensando do que agindo. Portanto, pague seu ingresso e se jogue no jogo da vida.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Me cansa.

Boas vibrações atraem boas vibrações. Boas notícias nos tornam felizes. Pensamentos, idéias, ações, reações. Todas surgem do nada (nada?). Pessoas surgem do nada? As pessoas que você conheceu, ou que conhecem, ou que conhecerão, surgiram(ão) do nada? Por que esta música me toca hoje? Por que escrevendo fico aliviado? Por que ele se omite enquanto eu quero falar? Por que sua foto me incomoda? Por que não? O que acontece quando você sente que ama alguém? Será que aquele pensamento de ter uma ação de falar que ama outrem é um pensamento real de amor? Ou é mais uma ilusão? Mas será que a ilusão não é real? Afinal, se é de ilusão que vivemos, então ilusão é vida. Ou apenas faz parte dela? E será que foi a hora certa? Mas se foi a hora certa, por que estas dúvidas na cabeça hoje? O que é certo, é certo. E se é certo, não tem dúvida. Correto? Interpretar as entrelinhas da vida me cansa.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mudanças

Prestes a completar 24 anos, estou a fazer mudanças sutis no blog. Mudei o layout, já que aquele outro não estava me agradando mesmo, a foto e a frase que coloco. "O pensamento é o ensaio da ação". Frase esta que cabe muito bem aqui no blog, afinal, eis aqui o despejo de meus pensamentos. E ouvindo a música que mais tenho ouvido nestes últimos dias (Keane) o relógio marca meia noite e um novo dígito aparece.

Ter 24 anos será decisivo, espero eu. É a idade em que me formo, ato este que trará grandes mudanças (espero eu). Bom, não estou conseguindo me concentrar aqui não, com um bando de gente me dando parabéns no msn. Depois posto mais.

sábado, 25 de abril de 2009

Mess

Mistura de sentimentos e pensamentos. Culpa por nada. Sentimento de perda por fantasiar a perda. Pensamentos que ultrapassam a barreira do meu lógico, indo para a parte em que não sabemos, não conhecemos e que não controlamos, e por isso surge a angústia. Ainda tenho muita análise pela frente.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sem palavras

Um dia estranho desde o início. Receber informações que você não quer receber. Odeio estas coincidências da vida, que nos mostram a mesma coisa várias vezes, quando você quer, de fato, esquecê-las. Pra começar, tive um sonho estranho, que mexeu com meus sentimentos e desejos. Acordei, fui tomar café com o povo, e depois acabei dormindo novamente, enquanto meus amigos foram pra piscina. Sonhei novamente, desta vez com outra pessoa, em uma situação oposta, mas não menos angustiante. E era horrível querer fazer algo por ele e não ser autorizado pelo outro pra isso. E foi horrível ouvir um: "Eu achei que você já tivesse percebido que eu quero me distanciar de você". Tão horrível que de pena tive raiva, quando em seu semblante um sorriso percebi. Raiva esta que me fez agredí-lo fisicamente. Como alguém pode me odiar e sorrir pra mim logo após? Que raiva de ter sido enganado. Que raiva de estar enganando. Prossegui meu dia, confusão no almoço, muros entre as pessoas, individualismo em voga, situações estranhas. Me fechei. Amanhã, talvez, acorde melhor. Hoje o dia já está perdido.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ótimo!

Bom, estou com pressa mas queria deixar aqui algumas palavras:

TIVE UMA ÓTIMA SEMANA!!!!

Bom, ainda não comecei o estágio, mas já esta certo para começar na quarta. A foprmatura quase deu xabú, mas conseguiram resolver na hora e consegui colar grau como manda o script, e daqui a pouco vou pra rodoviária pegar o busão e, finalmente, conhecer Lençóis!!! Previsão de chuva para todos os dias, mas eu não confio muito nestas previsões não. Espero que eu esteja certo (e elas erradas). No mais, just doing great!

Na volta conto os detalhes sórdidos da viagem!!!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

You Can't Stop the Beat

Definitivamente, coisas novas estão acontecendo. Primeiro foi o estágio que, depois de algumas tentativas, consegui!!! Serei em breve o mais novo estagiário da Vitalmed!!! Em segundo lugar, vem a minha formatura de bacharelado na faculdade, que será nesta quinta-feira. Só para deixar claro, a minha faculdade divide bacharelado de formação de psicólogo. Como eu já apresentei a monografia no semestre passado, já tenho meu bacharelado garantido. Ou seja, quinta-feira vou lá jurar não sei o que e botar um anel no dedo, além de ganhar meu diploma de bacharel em psicologia. Já num segundo momento, no dia 23 de janeiro de 2010, acontecerá a formatura de psicólogo em si. Resumindo, a partir de quinta eu posso fazer pós-graduação, pesquisas ou mestrados, mas ainda não posso atuar como psicólogo nem ter CRP.

Outra grande novidade é que aceitei participar, juntamente com minha queria Lia e Daniel, um amigo nosso, de um evento lá na UNIFACS, o UNIPSI. Será tipo um mini-congresso de psicologia voltado para as instituições de psicologia de Salvador, e nós vamos criar um mini curso sobre transexualidade. Bom, vou ter muito o que estudar para falar do tema, já que minha mono foi sobre homossexualidade, e não sobre trans, mas fico confiante porque meus parceiros de trabalho conhecem muito sobre o assunto e vao me ajudar a construir minha própria visão sobre.

E, por fim, sexta de noite parto com meus queridos colegas de sala para Lençóis, onde vou, finalmente, conhecer os encantos da Chapada Diamantina!!! Viagem muito esperada essa, carinhosamente chamada de I Congresso de Psicologia Geral ;), onde iremos iniciar a elaboraçao desse tão difícil luto que é formar e deixar de ver, diariamente, pessoas que tanto aprendemos a amar.

Grande semana, hein? E ainda é segunda. Relembrando uma das músicas de meu adorado musical Hairspray, you can't stop the beat!!!!!

sábado, 11 de abril de 2009

É sério isso???

"O presidente boliviano, Evo Morales, entrou ontem no segundo dia de greve de fome para pressionar o Congresso a aprovar a reforma eleitoral que permita a realização de eleições gerais em 6 de dezembro - nas quais Evo concorrerá à reeleição e serão escolhidos 166 deputados."

Que espécie de presidente é essa que usa da birra para atingir seus objetivos???

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Why so serious?

Ontem, uma situação me fez lembrar do "slogan" de um dos seriados que mais gosto: Brothers and Sisters. O tal "slogan" é: "Aqueles que você mais ama, é quem você menos conhece".

Bom, de fato o seriado trata de várias questões veladas dentro de uma família americana. Enquanto o que eu vivi ontem a noite foi simples, bobo, sem grande proporção, mas, ainda sim, uma grande surpresa.

É interessante perceber que a verdade surge, normalmente, em momentos de grande dor. Ontem estava revendo Batman - O Cavaleiro das Trevas, e uma fala célebre do célebre Coringa dizia algo parecido, como se o ser humano se revelasse, de fato, nos segundos antecendentes de sua morte. Ok. Meio pesado. Ninguém estava morrendo, graças a Deus. Mas, considerando as proporções de ambos casos, existe verdade ali. São nos momentos de raiva, extrema angústia, tristeza, desilução, pânico... que você esquece de atuar-no-mundo e é do jeito que é.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Piada de Psicólogo

Psicólogo...

Um sujeito está para ser admitido no Emprego.
O Psicólogo dirige-se ao candidato e diz:
- Vou lhe aplicar o teste final para sua admissão.
- Perfeito, diz o candidato.
Aí o psicólogo pergunta:
- Você está em uma estrada escura e vê ao longe dois faróis emparelhados
vindo em sua direção. O que você acha que é?
- Um carro, diz o candidato.
- Um carro é muito vago. Que tipo de carro? Uma BMW, um Audi, um
Volkswagen?
- Não dá pra saber né?
- Hum..., diz o psicólogo, que continua: Vou te fazer uma outra pergunta:
- Você está na mesma estrada escura e vê, só um farol vindo em sua direção,
o que é?
- Uma moto, diz o candidato.
- Sim mas que tipo de moto? Uma Yamaha, uma Honda, uma Suzuki ?
- Sei lá, numa estrada escura, não dá pra saber (já meio nervoso).
- Um..., diz o psicólogo. Aqui vai a última pergunta:
- Na mesma estrada escura você vê de novo só um farol, menor que o
anterior. Você percebe que vem bem mais lento. O que é?
- Uma bicicleta.
- Sim mas que tipo de bicicleta, uma Caloi, uma Monark?
- Não sei.
- Você foi reprovado! - Diz o psicólogo.
Aí o candidato muito triste com o resultado, dirige-se ao psicólogo e fala:
- Mesmo eu não sendo aprovado achei interessante esse teste. Posso fazer
uma pergunta ao senhor, nessa mesma linha de raciocínio?
E o psicólogo satisfeito responde, claro que pode!
- O senhor está tarde da noite numa rua mal iluminada. Aí vê uma moça com
maquiagem carregada, vestidinho vermelho bem curto, girando uma bolsinha, o
que é?
- Ah! - diz o psicólogo - é uma puta.
- Sim, mas que puta? Sua irmã? Sua mulher? Ou a puta que te pariu?

sábado, 4 de abril de 2009

Que seja eterno enquanto dure.



É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente.
É bom nunca é igual: olhar, beijar e ouvir cantar um novo dia nascendo.
É bom e é tão diferente.
Eu não vou chorar, você não vai chorar.
Você pode entender que eu não vou mais te ver por enquanto.
Sorria e saiba o que eu sei: eu te amo.

É bom se apaixonar
Ficar feliz, te ver feliz me faz bem.
Foi bom se apaixonar.
Foi bom e é bom e o que será?
Por pensar mais e eu preferi não pensar demais dessa vez.
Foi tão bom e por que será?

Eu não vou chorar, você não vai chorar.
Ninguém precisa chorar mais eu só posso te dizer por enquanto.
Que nessa linda história os diabos são anjos.
Eu não vou chorar você não vai chorar.
Você pode entende que eu não vou mais te ver por enquanto.
Sorria e saiba o que eu sei: eu te amo.

quarta-feira, 25 de março de 2009

É só querer

"América Latina entrará em recessão em 2009, diz FMI"

Reportagem

Todo mundo sabe da força que as informações exercem sobre as pessoas. Força suficiente para que situações sejam realizadas de acordo com o que se deseja. Daí vem o FMI divulgar para o mundo todo que a América Latina entrará em recessão. Aí, os investidores do mundo todo tomam conhecimento disso e param de investir na América Latina, que tem estado bem mais sólida do que os outros países europeus e americanos, por sinal. Com a queda de investimento estrangeiro, a América Latina entra em recessão em 2009, como anunciou o FMI.

Porém, se o título da matéria fosse "América Latina mantém-se mais solida frente a recessão mundial", os investidores ficariam interessados e investiriam mais no continente, já que o resto do mundo está em frangalhos. Assim, a América Latina teria mais investimentos e cresceria mais que os países em recessão, não tendo recessão em 2009.

Mas, infelismente, é tudo na base do interesse político. E, infelismente, ainda somos colônia para eles. E colônia não pode crescer mais que a corte.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O Amor no Terceiro Milênio

Recebi este texto via e-mail por Ianne e adorei o que está escrito. Concordo com o que foi dito, e até já cheguei, via análise pessoal, a mesma conclusão que o autor em algumas partes. De fato, está na hora de revermos nossos conceitos mais arcaicos, até mesmo o de amar.



O Amor no Terceiro Milênio


Flávio Gikovate

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início desde milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossas felicidades, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso - o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa alguma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria, ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se toma menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

"A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado."

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Todo carnaval tem seu fim


Quase cinco da manhã, daqui a pouco parto pra Aracaju, onde passarei meu carnaval, e o sono começa (agora) a me atingir. Entro no meu e-mail, orkut, msn, uol... mas tudo está vazio. Bonitos sentimentos surgem destes vazios deixados pela insônia, onde sonhos hollywoodianos são formandos por uma mente fértil e, de certo modo, infantil, permeados por fadas, castelos, vilões e heróis.

Acho que a capacidade de sonhar é foda para a condição de ser vivente. A capacidade de fugir do que se é para o que se queria ser. A capacidade de delirar, alucinar, criar, vivenciar, sentir, cheirar e até mesmo chorar por algo que não existe, que não é concreto.

Ser "doidinho" é ser diferente, especial, único. Se doidinho é permitir ser. É aceitar as fragilidades, incertezas, dificuldades, alegrias, desejos, solidão. É conversar com a parede quando se deseja "clarear" a mente. É cantar sua música favorita enquanto anda pela rua, num dia de plena felicidade. É se trancar no quarto e esquecer que há um mundo fora dele. É começar a postar sendo levado por um tema e acabar com outro. É se permitir ser, indiferente do que queiram que seja.

Bom carnaval pra todos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Meu filho me pediu uma boneca

Meu filho me pediu uma boneca
(Denise Batista)

Há uns dois meses meu filho de sete anos me pediu uma boneca. Dividida entre a intelectualidade dos estudos acadêmicos e os valores que a nossa "reaça" sociedade demonstra nas questões de gênero, dei a boneca," bancando" um barulho enorme por parte da família, colegas de trabalho, ex-marido e afins. Sem contar com a censura silenciosa de alguns, revelada por olhares ou gestos. É claro que recebi apoio e solidariedade. Mas o oposto foi muito mais pesado. Confesso que compreendo. Por parte de alguns mais, por parte de outros, menos. Mas respeito.

O meu desconforto foi muito mais em relação a mim mesma do que às posturas percebidas, públicas ou anônimas, verdadeiras ou educadas. Foi duro encarar minha insegurança em assumir DE FATO uma posição em relação às minorias sociais. Foi esta imagem, refletida no espelho das relações familiares que meu filho e sua boneca me obrigaram a olhar. Tive que sustentar uma postura, na prática, que há muito considerava como minha. Em teoria. Só descobri isto quando foi com um filho meu.

Aqui faço um parêntese: enquanto eu me torcia e retorcia constrangida, fazendo como o anão de jardim "cara de paisagem", meu filho não estava nem aí para os olhares e comentários sobre meninos e bonecas e exibia orgulhoso a sua gorducha bailarina, penteando os seus cabelos, trocando as suas roupas, mudando o seu penteado, entre extasiado e maravilhado com as possibilidades daquele "ser" de 20 e poucos centímetros e puro látex, para onde ia: no meu trabalho, no Mestrado, pelas ruas, na casa do avô, do pai...lugares públicos ou privados para este menino não dizam nada! A cada um que afirmava que boneca não era coisa de "macho", ele perguntava candidamente: por quê?

A boneca para o meu filho foi um Lego às avessas: montava, desmontava, descobria as calcinhas (olha mamãe a calcinha dela!) maquiava, lavava, alimentava... Confesso: quando ninguém estava olhando, brincava junto com ele e me divertia à beça, me sentindo criança de novo, relembrando o prazer de simplesmente brincar!

Enquanto isso, na vida real as opiniões se dividiam entre as seguintes opções:

OPÇÃO A: Não é nada demais, é só uma fase, (os conservadores, mal disfarçando o seu mal-estar psicologizando a "coisa")

OPÇÃO B: Ele está descobrindo a sexualidade, (os moderados)

OPÇÃO C: Ele esta aprendendo a cuidar dos filhos. Por que, homem não pode cuidar dos filhos, não é? (os progressistas-liberais de extrema esquerda intelectuais, dentre eles, minha querida "profdoc" Cristina Novikoff, um bálsamo na minha vida)

OPÇÃO D: Ele está querendo chamar a atenção em protesto por tudo que passou nestes últimos tempos (os contemporizadores sociologizando a mesma "coisa")

OPÇÃO E: Este menino vai é ser "viado" mesmo! (muitos, em off, é claro!)

OPÇÃO D: Nenhuma das anteriores (mas esta opção não é aceita na pedagogização da "coisa")

E eu ali, realizando uma pesquisa disfarçada sobre o assunto, coletando os dados, tratando-os e analisando os resultados!

Mentalmente, catalogava as opiniões. Torturava-me a possibilidade entre assumir uma atitude "firme" com meu filho para não ser julgada e execrada, ou seja, aceita pelos meus pares, ou ainda pior, sucumbir num mar de disfarces, meias-mentiras, mentiras inteiras, hipocrisias...

Optei pela lealdade aos meus princípios. É neles que está o amor incondicional ao ser humano e o respeito às diferenças, que só se consolidam se você tiver um compromisso real com a verdade. A sua verdade. Possibilitando àquilo que é estranho, ser familiar. Esta postura é uma daquelas que, quando a gente "bota a cara" sabe, e leva muita, mas muita porrada (não é Aninha?).

Meu filho é um ser humano. Pode ser diferente ou não no sentido convencional das opções sexuais. Mas isto não é importante. É apenas uma categoria de análise. Logo, não posso abrir mão dos meus princípios, pois eles constituem a minha identidade. Mantenho-me fiel a eles.

Bem seja o que for que representa a boneca para o meu filho, o fato é que ele está feliz da vida com o seu brinquedo novo e está me pedindo outra...

O fundamental, importante e imprescindível é o amor que sinto por este mini-humano e a admiração profunda que sinto ao vê-lo cuidar tão amorosamente do irmão menor, pela sensibilidade em perceber só de olhar meu rosto, o meu estado de ânimo, mesmo se tento disfarçar (e me alertar!), pela preocupação com o coletivo, demonstrada nas pequenas atitudes cotidianas, como não jogar papel de bala no chão ou recolher as garrafas pets que meu pai insiste em atirar no seu quintal; em demonstrar bom caráter ao não contar mentiras muito punks (aquelas que sacaneiam alguém ferindo seus sentimentos), pela comoção sincera quando vê um desvalido, pela alegria com que admira a beleza de uma florzinha safada no jardim da minha mãe e colhê-la e colocar num copo me oferecendo; ao adorar incensos e gostar livros, não com a devoção que eu gostaria, mas ok, e ao profundo amor que devota à sua Bolinha.

Me emociono ao vê-lo dormir e me assusto com a rapidez com que está tendo que amadurecer, pois a vida não tem sido fácil para ele.

Sendo assim, é muito fácil ser mãe deste ser humano de sete anos que me chama de mamãe. E se ele for gay, lésbica, hetero, bi, drag, transformista ou desejar uma cirurgia de mudança de sexo, tudo bem. Mesmo. O importante é que seja qual for o caminho escolhido, que seja pautado pelos princípios humanitários. Aqueles que fazem a gente ser decente e não nos torna indiferentes às misérias do mundo. E de quebra, que ame o seu próximo, respeitando a dignidade alheia. E que sonhe sempre com um mundo melhor, como antídoto para afastar o cinismo que ronda o cotidiano da perversidade.

Antônio, eu te amo meu filho.

Por tudo. Mas principalmente por me fazer olhar, de forma corajosa para dentro de mim mesma.

Com amor,

Mamãe.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Odeio você

Não gosto de você. Não gosto de sua sonsisse. Não gosto de seu papel de coitadinho enquanto o mundo de abana. Detesto sua interpretação da vida. Odeio sua doença e o motivo por estar onde está. Tenho repúdio a sua falta de vergonha. Quero te ver longe daqui. Get lost!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

The Scientist

"Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start."

Pra quem não entende inglês...

"Ninguém disse que era fácil
Oh é mesmo uma pena nós nos separarmos
Ninguém disse que era fácil
Ninguém nunca disse que seria tão difícil
Oh me leve de volta ao começo."

Coldplay

domingo, 25 de janeiro de 2009

... e o mundo não se acabou.

Melhor final de férias não há! O show foi perfeito! Deus, como eu amo pessoas despirocadas! O show foi razoavelmente grande (por volta de 2 horas) e Adriana Calcanhotto é o ser mais doido que eu já vi. Ela chegou a lá maconha, meio de leve, meio lerda, com a vozinha mansa, cantando as baladinhas sentada... mas lá pro final do show, antes do primeiro bis (sim, foram dois!), a coisa já começou a empolgar. Ai Adriana saiu, o povo gritou o tradicional "mais um, mais um, mais um" e eles voltaram. Foi uma volta inicialmente tensa, uma coisa meio filme de suspense, mas dava pra perceber que ela já estava "ligadona". E sai Adriana. E volta Adriana. E Adriana canta novamente "Mulher sem razão", numa nova versão (bem melhor, por sinal), numa pegada meio rock e sei lá. E eis que, no grande final, a louca a lá cocaina, pega o copo de água e derrama o líquido em cima do rosto. Entrei em êxtase. Não satisfeita, ela pega o copo e joga pra cima. O copo cai no chão. Era de vidro. Êxtase². E Adriana agradeceu pela terceira vez, e saiu, e o público (também em êxtase) batendo palmas, e os músicos acompanhando, e o baterista pega um prato da bateria e fica batendo no prato acompanhando o ritmo das palmas do público, e depois de alguns minutos assim ele joga o prato no chão e tudo apaga. E Olavo atinge o clímax.

Gente, eu ADORO pessoas loucas, de verdade.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Presente de final de férias


Ao som de: Adriana Calcanhotto - Um dia desses

Esta são as minhas últimas férias da faculdade. No meio do ano até terá outra, mas é tão pequena que nem conta. O dia tão esperado está próximo, os "ultímos" estão chegando, último caderno, último ano, última matéria, último trabalho, última prova... e a energia de gozo vai se acumulando, esperando a hora para ser liberada. Obviamente que muitos trabalhos, projetos, provas, cadernos e afins virão posteriormente, mas, sem dúvida, a graduação é um marco importantíssimo na vida de um jovem do país.

E para fechar estas férias e abrir este ano tão importante com chave de ouro, ganhei um presentão de Jocasta Stormqueen, o ingresso para ir no show de Adriana Calcanhotto, maré, na Concha Acústica. Forma melhor impossível, ham? Já estou aqui ouvindo as musiquinhas pra amanhã estar afiado lá, só balançando bracinho e cantando.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sobre a brevidade da vida

Soundtrack: Going to a Town - Rufus Wainwright

Eu tenho um problema com o futuro, coisa de estrutura psicológica mesmo. Quando via anúncios de vendas de apartamentos, em que o futuro dono teria que ficar uns 10 anos pagando por ele, eu pensava: "Porra, mas eu nem sei se vou estar vivo daqui a dez anos!!!".

Já percebi que isso é uma falha minha, como disse, coisa de estrutura neurótica obsessiva que não consegue viver em sua plenitude sem ter garantias para tal. Mas as coisas tem mudado, e já estou me acostumando com a idéia de que eu posso não estar vivo amanhã, o que não me impede de continuar vivendo o hoje.

Mas se tem uma coisa que eu ainda não gosto é ficar fazendo planos com o que ainda não está certo. É crença minha, superstição boba, mas que toda vez que eu tento sair, acontece algo que me prende a ela. Eu acho que todas as coisas que já estão certas, tem grande chances de darem errado. Já vi isso em sala de aula também, falando de estresse, eu acho, das formas que as pessoas encontram pra enfrentar certas situações. Tem uma que, lembro-me bem de Jeane falando, a pessoa simplesmente prefere esperar pelo pior, porque o que vier de bom é lucro, e se nada de bom vier, já estava esperando por isso. Simplesmente Olavo cuspido e escarrado.

Também sei que isso não é bom. Uma coisa interessante em fazer psicologia (e que grande parte das pessoas que não fazem acham que é o contrário), é que durante os cinco anos de curso você irá se deparar com várias características suas, em materias totalmente diferentes, até mesmo opostas, e que isso tudo junto, lá pelo 5º semestre, irá te chacoalhar de uma forma que, sendo popular, ou você dá, ou desce. Até porque os vários "porques" e os "como melhorar isso?" você não encontrará na faculdade.

Mas mesmo sabendo que ver as situações desta maneira não é o ideal, eu ainda prefiro continuar assim. Porque me machuca muito ter algo hoje, dormir feliz pensando em uma conquista, e no outro dia, pela simples e bela instabilidade da vida, ter que desmanchar todo um sonho construído em um dia por duas mentes infantis e esperançosas. Por mais que a guerra ainda não esteja perdida, o gostinho da possibilidade da derrota, depois de experimentar a possibilidade da vitória, é mais difícil de se assimilar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nickname

Tenho um amigo (Rick) que escreve codinomes para as pessoas que ele cita no seu blog. Não sei bem qual é, de fato, a razão para isso, se é só uma forma divertida que ele encontrou mesmo, ou se é pra preservar a identidade das pessoas. Enfim, uma dessas pessoas que ele utiliza de codinome é Vítor, o que ele mudou pra Vapes. Fiquei pensando em Paulo, quem sabe talvez botar um nickname para ele também, e tentei o jogo da aproximação lógica. Se Vítor é Vapes, Paulo seria o quê?

Bom, em minha cabecinha, a resposta foi: Peuvis.

Preferi deixar Paulo mesmo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Verdades

Definitivamente estou passando por um momento intenso, importante, delicado e altamente perigoso de minha vida: a conclusão de um curso de graduação e a tão chegada na tão temida vida adulta. Já me perguntei várias vezes o que é ser adulto. Já tentei fraquejar algumas outras ao ver o quão difícil é abrir mão de algumas coisas em prol de uma certa maturidade. Já conversei com filósofos, durante minhas leituras noturnas, com minha terapeuta, durante minhas sessões mais intensas, e com amigos, acompanhado de cafés ou cervejas da vida. Mas afinal, o que é ser adulto? Como conseguir esta proeza? Como, enfim, chegar lá?

Como vocês podem imaginar, ninguém me deu tal resposta. E nem eu a descobri, até porque estou começando (começando???) a acreditar que ela não existe, como tantas outras que estão nos rondando por ai. "Não existe verdade, e sim verdades" (frase de alguém. Definitivamente não é minha).

Fiquei sabendo, a pouco, que meu primo agora é pai. Este meu primo, Aislan, era aquele primo-irmão, com quem eu brincava nas tardes de férias, viajava durante a semana de praia no sul da bahia ou nas praias capixabas, quem me mostrava o que fazer e, princinpalmente, o que não fazer (era um capeta o rapaz...). Mas sabe aquela sensação de "poxa, meu primo, aquele que tem quase a mesma idade que a minha (dois anos a mais), agora é pai"? Pois bem. Uns dias atrás alguém comentou comigo que a vida simplesmente nos empurra pra fora da caixa, nos presentando com situações cada vez mais complexas.

Não que o fato de meu primo ter tido um filho seja complexo para mim. Mas isso foi, definitivamente, uma pequena mostra de que a vida empurra, e eu já estou conseguindo ouví-la lá da ponta do precipício dizendo em alto e bom som:

- Neeeext!

Ficha de Orelhão

Mile anos depois....


Estes dias tenho pensado muito. Diferente de todas as outras pessoas normais, eu não consigo relaxar e dormir quando me deito na cama (o que, definitivamente, não é cedo). Passo horas e horas virando na cama, sentindo calor, frio, uma coceirinha na perna esquerda, um barulinho incomodando no ouvido direito... e junto com todas estas alucinações fisiológicas, minha cabeça começa a trabalhar e cria posts maravilhosos sobre coisas impressionantes que observei ao longo do dia. O problema é que, na hora de escrevê-los, na noite posterior à insônia, o texto já não flui mais como antes. Enfim. Vou tentar exercitar aquela velha história do caderninho do lado da cama, só que neste caso não será pra sonhos, e sim pra posts.