domingo, 30 de dezembro de 2007

Momentum

Angustiante. Me lembrei do filme Magnólia agora. Me lembrei especialmente de uma cena. Uma cena onde todas as histórias se encontram inicialmente, e existe dois elos entre eles, sentimentos e uma música. A música é Wise Up, de Aimee Mann. Nesta cena todos aparecem cantando a música, cada pessoa uma pequena parte, e no rosto expressando os sentimentos resultantes das voltas e dificuldades que a vida impõe. Desesperança. Acho que isso tudo me veio pelo elo que nos liga. Me sinto entrelaçado. Como já postei, vi aquela frase dita pelo senhor em minha frente e minha vontade era de dar uma bela resposta. Mas não pude. Vi hoje as coisas ditas para Paulo e fiquei triste. Ouvi um amigo me dizendo de sua tristeza por estar apaixonado platonicamente por outra pessoa. Li sobre o "Rei de Salém" no livro "O Alquimista" e sua função natural de ajudar as pessoas a viverem sua "Lenda Pessoal". Vi Glória Pires no Domingão do Faustão sendo vangloriada por ser uma boa atriz. Confuso. As pessoas passam em nossas vidas e, sem querer, nos deixam um pedaço de sua alma. Estou aqui, sendo todas estas pessoas com quem mantive contato. Força.

Situations

Situation 1

Local: Locadora Minas Vídeo
Participantes: Eu, meu irmão Dário e um cliente qualquer de meia idade.
Contexto: O cliente estava locando um filme enquanto na televisão passava a novela das oito "Duas Caras". Neste momento, a novela mostrava o jantar oferecido por Barreto à "Condessa" (as aspas são porque não sei de fato o nome da personagem, mas ela é uma Condessa na Itália), onde estavam também o Juvenal Antena, a filha do Anfitrião e seu namorado , e etc etc. Para contextualizar para quem nunca viu a novela, a Condessa é negra.

O Senhor de meia idade vira e fala:

- Não tem jeito né, preto chique não combina. Não combina mesmo.


Situation 2

Local: Cozinha de minha casa.
Participantes: Eu, uma garotinha e um homem.
Contexto: Estava na cozinha esperando minha irmã e o namorado chegarem do Bompreço para fazer um macarrão e meu celular toca. Não conhecia o número, sendo ele da região de Feira de Santana. Atendi:

- Alô?
- Oi. Disse a garotinha.
- Olá, tudo bem? Respondi.
- Tudo sim.
- Ta fazendo o que?
- To aqui na cozinha.
- Pergunta do reveillon. Disse a voz de homem ao fundo.
- E o reveillon? Perguntou a garotinha.
- Ah, com a família mesmo. E o seu?
- Também.... Posso desligar? Perguntou a garotinha para o homem ao fundo.
- Pode. Respondeu ele.
- Então tchau viu?
- Tchau.
- Já posso desligar né? Ela me perguntou.
- Pode sim. Eu disse.
- Tchau, boa noite.
- Boa noite.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Fora Povo!

Luiz Fernando Veríssimo


Pesquisa recente concluiu que a elite brasileira é mais moderna, ética, tolerante e inteligente do que o resto da população. Nossa elite, tão atacada através dos tempos, pode se sentir desagravada com o resultado do estudo, embora este tenha sido até modesto nas suas conclusões. Faltou dizer que, além das suas outras virtudes, a elite brasileira é mais bem-vestida do que as classes inferiores, tem melhor gosto e melhor educação, é melhor companhia em acontecimentos sociais e é incomparavelmente mais saudável. E que dentes!

A pesquisa reforça uma tese que tenho há anos, segundo a qual o Brasil, para dar certo, precisa trocar de povo. Esse que está aí é de péssima qualidade. Não sei qual seria a solução. Talvez alguma forma de terceirização, substituindo-se o que existe por algo mais escandinavo. As campanhas assistencialistas que tentam melhorar a qualidade do povo atual só a pioram, pois, se por um lado não ajudam muito, pelo outro o encorajam a continuar existindo. E pior, se multiplicando. Do que adianta botar comida no prato do povo e não ensinar a correta colocação dos talheres, ou a escolha de tópicos interessantes para comentar durante a refeição? Tente levar o povo a um restaurante da moda e prepare-se para um vexame. O povo brasileiro só envergonha a sua elite.

Se não tivéssemos um povo tão inferior, nossos índices sociais e de desenvolvimento seriam outros. Estaríamos no Primeiro Mundo em vez de empatados com Botsuana. São, sabidamente, as estatísticas de subemprego, subabitação e outros maus hábitos do povo que nos fazem passar vergonha.

Que contraste com a elite. Jamais se verá alguém da elite brigando e fazendo um papelão numa fila do SUS como o povo, por exemplo. Mas o que fazer? Elegância e discrição não se ensina. Classe você tem ou não tem. Mas o contraste é chocante, mesmo assim. Esse povo, decididamente, não serve.

Se ao menos as bolsas-família fossem Vuitton...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Fernando Pessoa

"Saudades, só potugueses
Conseguem senti-las bem,
Porque têm essa palavra
Para dizer que as têm."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Regina Spektor - Fidelity


Cold Water




Damien Rice

Cold, cold water surrounds me now
And all I've got is your hand
Lord, can you hear me now?
Lord, can you hear me now?
Lord, can you hear me now?
Or am I lost?

Love one's daughter
Allow me that
And I can't let go of your hand
Lord, can you hear me now?
Lord, can you hear me now?
Lord, can you hear me now?
Or am I lost?
[chanting] Cold, cold water surrounds me now
And all I've got is your hand
Lord, can you hear me now?
Lord, can you hear me now?
Lord, can you hear me now?
Or am I lost?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Le festin est sur mon chemin

"Paris, Paris. Teu brilho é o rio Sena"

Essa frase é de uma música da propaganda da Rider. Lembro muito bem dela. Tocava na época da Copa do Mundo na França. Era na voz da Elba Ramalho. Sempre a procurei pra baixar mais nunca achei. Pois nunca a esqueci. A cantava pensando na cidade distante que provavelmente eu nunca conheceria.

Não sei porque sempre tive esta ligação com Paris. Talvez vida passada, quem sabe. Ou apenas um condicionamento qualquer, um pareamento besta que acabou ocorrendo na infância. Não sei porque, e de fato não me importa também. O que me importa é o que há. E há.

Mas a vida da voltas. E como Filipe mesmo falava, e passei a acreditar nisso com ele "Olavo, as coisas podem acontecer quando você menos espera. Não pense que são impossíveis, porque não são". Sábio. Aprendi muito com esse guri. Só tenho a agradecer.

Mas enfim. Pois esta mesma pessoa que me fez acreditar que o impossível é possivelmente imprevisível que me deu a distante oportunidade de conhecer aquela cidade que habita meus pensamentos desde pequeno.

Lembro da chegada. Aeroport D'orly. Umas 23 horas de lá. Saí do avião na escadinha, foi meu primeiro contato com o chão da França. Não de Paris, Orly não é Paris. Tá, é tudo chão. Mas não era Paris :P. E depois a mala que não aparecia. Sim, foram quatro dias em Paris sem minha mala. Nem pude usar todos os meus produtos Natura na cidade da beleza. E era entrar numa Minoprix que eu ficava louco. E nas L'occitanes da Champs-Élysées então? Louco, ficava eu. Um louco controlado, afinal, ou era meu pão do almoço ou o sabonete. E como Maslow bem disse, primeiro a comida!

Pão. Nunca comi tanto pão. Saí de Paris não aguentando mais ver pão. Mas, convenhamos... que Pão!!!! O foda é que era pão no almoço e na janta, aí enjoava né, convenhamos. Mas as famosas comidas, infelismente não as experimentei. De certa forma me arrependi de não ter experimentado num daqueles restaurantes não tão caros lá na Praça dos Artistas, em Montmartre. Mas não dava, dinheiro contado é foda, e não podia gastar né, era a primeira cidade, tinham muitas outras pela frente.

Mas tiveram vários momentos lindos e especiais em Paris. Primeiro as bandinhas de Jazz. A primeira em Luxembourg, e a segunda em frente a L'opéra. Outro momento inesquecível: vinho no Camp de Mart, numa noite friorenta, em frente a Torre Eiffel, convesando com Lipe e a vendo piscar. Meu Deus, o que é aquilo! Putz, nunca me esquecerei disso. Nunca. E por último, um singelo momento, mas pra mim foi significativo. Depois de voltar correndo do Louvre, achando que tava atrasado, e ter visto que tava é muito adiantado, fui pra banca dos Árabes comprar algo pra comer pois ainda não tinha almoçado. Daí compro um sanduíche normal e um suco mais barato, e vou pra fora. Procuro um banco pra sentar e ver o povo passar, mas começa a chover. Bom, tive que ficar em baixo de um pequeno espaço coberto de um prédio. Sentei la e fiquei comendo, sentindo a brisa gelada que a chuva trazia, juntamente com alguns frios respingos. Fiquei lá sentado, vendo o tempo passar, e a chuva cair. Simples, inofensivo, mas pra mim inesquecível.

Paris, não sei o que eu tenho contigo. Não sei que diabos você me emociona tanto. Mas a verdade é esta. Engraçado estr escrevendo este texto logo hoje, que Paulin comentou do meu "French Dream" e eu o recriminei falando que nunca tive disso. Bom, de fato nunca fiquei elogiando mesmo, nem fazendo coisas por ser "coisas parisienses", mas é fato que há algo aqui.

Fico triste por não ter te aproveitado como queria, como poderia. Queria ter vivido mais você. Ter te conhecido mais. Ter deitado mais nas gramas de teus parques. De ter te desvendado com meus pés e olhos. De ter te tocado e sentido esta energia milenar que tu carrega. Fico triste por isso. Foi o filme (Rotatouille) que me deixou assim. Mas lhe prometo, agora que eu acredito no impossível, que ainda nos veremos. Attendez-moi!




quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Momento Elza Soares I


Dor de Cotovelo


Caetano Veloso


O ciúme dói nos cotovelos,
na raiz dos cabelos,
gela a sola dos pés.

Faz os músculos ficarem moles,
e o estômago vão e sem fome.
Dói da flor da pele ao pó do osso.
Rói do cóccix até o pescoço
Acende uma luz branca em seu umbigo,
Você ama o inimigo e se torna inimigo do amor.
O ciúme dói do leito à margem,
dói pra fora na paisagem,
arde ao sol do fim do dia.

Corre pelas veias na ramagem,
atravessa a voz e a melodia.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

I

Sêneca


3. Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxoe na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.


4. Desse modo, não temos uma vida breve, mas fazemos com que seja assim. Não somos privados, mas pródigos de vida. Como grandes riquezas, quando chegam às mãos de um mau administrador, em um curto espaço de tempo, se dissipam, mas, se modestas e confiadas a um bom guardião, aumentam com o tempo, assim a existência se prolonga por um largo período para o que sabe dela usufruir.

Explanation

I just decided to improve my English urgently. I realized i'm finishing my Basic English Course at the CCAA and my English conversation is terrible! I won't spend my father's money and my time taking English Class for nothing.

Then, from today till "who knows", I'll post something in English, in a desesperate way to internalize the language and write, understand and speak better.

Well, if you find any error, please, put the right form in the comments. I'll really appreciate your help!

sábado, 24 de novembro de 2007

Mundo Mundo Vasto Mundo

Será que eu farei parte do seu mundo algum dia?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José ?

e agora, você ?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama protesta,

e agora, José ?

Está sem mulher,

está sem discurso,

está sem carinho,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o dia não veio,

o bonde não veio,

o riso não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo mofou,

e agora, José ?

E agora, José ?

Sua doce palavra,

seu instante de febre,

sua gula e jejum,

sua biblioteca,

sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,

sua incoerência,

seu ódio - e agora ?

Com a chave na mão

quer abrir a porta,

não existe porta;

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.

José, e agora ?

Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa vienense,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse…

Mas você não morre,

você é duro, José !

Sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem parede nua

para se encostar,

sem cavalo preto

que fuja a galope,

você marcha, José !

José, pra onde ?



Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Zeca Baleiro - O Rolo do Rolex

NO INÍCIO do mês, o apresentador Luciano Huck escreveu um texto sobre o roubo de seu Rolex. O artigo gerou uma avalanche de cartas ao jornal, entre as quais uma escrita por mim. Não me considero um polemista, pelo menos não no sentido espetaculoso da palavra. Temo, por ser público, parecer alguém em busca de autopromoção, algo que abomino. Por outro lado, não arredo pé de uma boa discussão, o que sempre me parece salutar. Por isso resolvi aceitar o convite a expor minha opinião, já distorcida desde então.

Reconheço que minha carta, curta, grossa e escrita num instante emocionado, num impulso, não é um primor de clareza e sabia que corria o risco de interpretações toscas. Mas há momentos em que me parece necessário botar a boca no trombone, nem que seja para não poluir o fígado com rancores inúteis. Como uma provocação.

Foi o que fiz. Foi o que fez Huck, revoltado ao ver lesado seu patrimônio, sentimento, aliás, legítimo. Eu também reclamaria caso roubassem algo comprado com o suor do rosto. Reclamaria na mesa de bar, em família, na roda de amigos. Nunca num jornal.

Esse argumento, apesar de prosaico, é pra mim o xis da questão. Por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça social, só quando é roubado? Lançando mão de privilégio dado a personalidades, utiliza um espaço de debates políticos e adultos para reclamações pessoais (sim, não fez mais que isso), escorado em argumentos quase infantis, como "sou cidadão, pago meus impostos". Dias depois, Ferréz, um porta-voz da periferia, escreveu texto no mesmo espaço, "romanceando" o ocorrido. Foi acusado de glamourizar o roubo e de fazer apologia do crime.

Antes que me acusem de ressentido ou revanchista, friso que lamento a violência sofrida por Huck. Não tenho nada pessoalmente contra ele, de quem não sei muito. Considero-o um bom profissional, alguém dotado de certa sensibilidade para lidar com o grande público, o que por si só me parece admirável. À distância, sei de sua rápida ascensão na TV. É, portanto, o que os mitificadores gostam de chamar de "vencedor". Alguém que conquista seu espaço à custa de trabalho me parece digno de admiração.

E-mails de leitores que chegaram até mim (os mais brandos me chamavam de "marxista babaca" e "comunista de museu") revelam uma confusão terrível de conceitos (e preconceitos) e idéias mal formuladas (há raras exceções) e me fizeram reafirmar minha triste tese de botequim de que o pensamento do nosso tempo está embotado, e as pessoas, desarticuladas.

Vi dois pobres estereótipos serem fortemente reiterados. Os que espinafraram Huck eram "comunistas", "petistas", "fascistas". Os que o apoiavam eram "burgueses", "elite", palavra que desafortunadamente usei em minha carta. Elite é palavra perigosa e, de tão levianamente usada, esquecemos seu real sentido. Recorro ao "Houaiss": "Elite - 1. o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social [este sentido não se aplica à grande maioria dos ricos brasileiros]; 2. minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social [este, sim]".

A surpreendente repercussão do fato revela que a disparidade social é um calo no pé de nossa sociedade, para o qual não parece haver remédio -desfilaram intolerância e ódio à flor da pele, a destacar o espantoso texto de Reinaldo Azevedo, colunista da revista "Veja", notório reduto da ultradireita caricata, mas nem por isso menos perigosa. Amparado em uma hipócrita "consciência democrática", propõe vetar o direito à expressão (represália a Ferréz), uma das maiores conquistas do nosso ralo processo democrático. Não cabendo em si, dispara esta pérola: "Sem ela [a propriedade privada], estaríamos de tacape na mão, puxando as moças pelos cabelos". Confesso que me peguei a imaginar esse sr. de tacape em mãos, lutando por seu lugar à sombra sem o escudo de uma revista fascistóide. Os idiotas devem ter direito à expressão, sim, sr. Reinaldo. Seu texto é prova disso.

Igual direito de expressão foi dado a Huck e Ferréz. Do imbróglio, sobram-me duas parcas conclusões. A exclusão social não justifica a delinqüência ou o pendor ao crime, mas ninguém poderá negar que alguém sem direito à escola, que cresce num cenário de miséria e abandono, está mais vulnerável aos apelos da vida bandida. Por seu turno, pessoas públicas não são blindadas (seus carros podem ser) e estão sujeitas a roubos, violências ou à desaprovação de leitores, especialmente se cometem textos fúteis sobre questões tão críticas como essa ora em debate.

Por fim, devo dizer que sempre pensei a existência como algo muito mais complexo do que um mero embate entre ricos e pobres, esquerda e direita, conservadores e progressistas, excluídos e privilegiados. O tosco debate em torno do desabafo nervoso de Huck pôs novas pulgas na minha orelha. Ao que parece, desde as priscas eras, o problema do mundo é mesmo um só -uma luta de classes cruel e sem fim.

JOSÉ DE RIBAMAR COELHO SANTOS, 41, o Zeca Baleiro, é cantor e compositor maranhense. Tem sete discos lançados, entre eles, "Pet Shop Mundo Cão".

Fonte: Folha de São Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2910200708.htm


terça-feira, 23 de outubro de 2007

How would I be if you had loved me?

Alanis
that I would be good even if I did nothing
that I would be good even if I got the thumbs down
that I would be good if I got and stayed sick
that I would be good even if I gained ten pounds

that I would be fine even if I went bankrupt
that I would be good if I lost my hair and my youth
that I would be great if I was no longer queen
that I would be grand if I was not all knowing

that I would be loved even when I numb myself
that I would be good even when I am overwhelmed
that I would be loved even when I was fuming
that I would be good even if I was clingy

that I would be good even if I lost sanity
that I would be good
whether with or without you

sábado, 13 de outubro de 2007

Veia Dramática


"Nada pode ser definitivo,
quem vai garantir que nunca vai mudar?
Você alcança seu objetivo
e não percebe que ele não está mais lá.
Minha bomba silenciosa
está sempre pronta para estourar
Sua onda de água lacrimosa
será a piscina que eu vou nadar.

Sabe o que eu falso da minha vida?
Eu falso da minha vida o que eu quiser."
Moska

Quando é que vou ter coragem de usar de forma contundente minha veia dramática? Quando vou ter coragem de mostrá-la para o Grande Público? Quando vou conseguir falar tudo que me engasga para os dois palhaços e sumir deste picadeiro? Quando minha veia dramática deixará de se submeter a estas merdas que me prendem? Cansei de injetar sua droga. Cansei de ser anestesiado por suas ofenças. Cansei de minha presença em sua vida. Cansei disso tudo. Veia dramática, apareça, por favor.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Semanada

Causo 1

- Pizza barata, hein!
- É, é porque já está vencendo.

- É. Boa de preço mas ruim de validade.
- Mas vence só dia 13. Hoje ainda é dia 08. Dá pra comer hoje numa boa.
- Comer cinco pizzas?
- Tu sabes quantas pessoas moram em minha casa?



Causo 2

- Você tem um papel aí com as promoções da semana?
- Não... infelismente. As promoções mudaram e ainda não fizemos novos papéis. Mas tem aqueles dois ali que você pode ler sobre as promoções.
- Tu escreve ai pra mim?
- ????
- Não guardo nada na memória.
- ... (Olavo escrevendo bufando de raiva).
- Nossa, difícil é entender sua letra.
- É... (hehehehe)
- Deixa que eu escrevo. Vá falando ai pra mim.
- ????



Recomendações Clínicas



"Adoro falar de nada. É a única coisa de que conheço algo".
Oscar Wilde

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Afeto




Vem amalgamado com todos os outros processos psíquicos, por isso não se dissolve.

Quando se expande para o corpo, ocorre a somatização; para o pensamento, gera pensamentos obsessivos ou pensamentos prevalentes; e para o meio externo causa transtornos fóbicos.

Há três características para a paixão: Anulação de si, anulação do outro ou a tendência à passagem ao ato.

Como transtorno de afeto, pode-se destacar a "labilidade do humor", que se dá quando ocorre uma alteração abrupta do humor de um pólo ao outro.


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Eis o pior de mim.


É muito fácil julgar quando não se sabe o que acontece. É muito fácil proteger aquele que faz o papel de ovelha. É muito fácil se doar quando nunca se provou a dor da queda. É muito fácil viver no que é mais fácil. Coloquei esta frase de Sartre ai em cima porque gostei da força dela, mas nunca tinha parado pra pensar sobre isso. Enfim. Agora vejo o quão certo ele está. O inferno são os outros. Os errados são os outros. Os sacanas, lógico, são os outros. Nós mesmos? Nunca.

sábado, 15 de setembro de 2007

Olavo Platônico




Estou namorando comigo mesmo. Resolvi isso hoje quando analisei todo o meu passado e vi que, quando me boto num relacionamento, deixo de ser eu mesmo pra ser o outro. Então resolvi usar este mesmo instrumento pra aprender a ser eu mesmo. A partir de hoje eu me namoro e assim vou estar vivendo pra mim mesmo. Não é fantástico??

Vou parar de olhar a sombra dos outros lá fora e comecar a observar o estrago que está aqui dentro. Vou pegar, beijar, cheirar, morder... tudo que seja estranho e nebuloso. Mas vou também carregar comigo tudo que encontrar de bom. Será exatamente como na foto acima, que Lipe tirou de mim em Ouro Preto. Serei eu desbravando mim mesmo. E como estava no momento em que tirei a foto, com medo do que possa estar por vir.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Eu sem você...



- As vezes eu quero abraçar o mundo. Mas ai me lembro que antes disso eu preciso abraçar a mim mesmo.

- Um passo por vez, Olavo. Uma vez para cada passo. Mágoas fazem parte da vida. Por que querer sempre agradar? Para que ser sempre aceito? Aceite a sua exclusão, Olavo. Aceite que você não precisa do mundo para ser feliz.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Refluxo Gastroesofágico




Um suco de frutas cítricas + dois copos de café com leite + um chiclete + quatro pedaços de Pizza Hut = Muita azia.


segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A pressa é amiga do prazo.





Muita coisa para fazer. Desde a volta da viagem eu fui deixando as coisas acumularem, e agora me deparei com uma montanha de tarefas, textos, livros e afins a serem feitos e tô mais perdido que nunca. Mas ficar escrevendo em blog não adianta muito, não é mesmo? Devia estar é fazendo my homework...

De onde vem a calma.



"Eu não vou mudar não
Eu vou ficar sim
Mesmo se for só
não vou ceder
Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
e no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim."


sábado, 1 de setembro de 2007

No fundo, sou uma eterna criança que não soube amadurecer.



William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre
dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem
sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes
não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhar adiante,
com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do
amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume
de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar
exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo
de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se
arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas
distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os
amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer
coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas
de você muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que
amamos com palavras amorosas. Pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com
o melhor
que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,
e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se
você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser
flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa
quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute
quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que
se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários
você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens:
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela
acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame,
não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar
ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas
vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que, com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Hoje eu tremi na base. Fui pra inscrição de um processo seletivo para um estágio no Ciave, Centro de Informações Antiveneno. Para isso, acordei as 4 da manhã e cheguei no local as 5:30. Já haviam 5 pessoas esperando, sendo que três delas haviam chegado as 1:30 da madrugada. Com o tempo as pessoas foram chegando, e a tensão se instaurando. Tudo rodava em torno do "eu cheguei as não sei quantas horas, e sei quem tava aqui quando cheguei" ou "nós vamos fazer uma lista... o nome tá na lista... e a lista... lista...". Depois desta fase, chegou a vez dos comentários do tipo "eu gosto disso e faço estágio naquilo" ou então "eu conheço fulano que trabalha com siclano que tem um caso com beltrano".

Certo.

Ai me lembrei que isso era a inscrição para um curso que poderia levar a um estágio com uma única vaga para bolsista. Ai lembrei daquelas filas homéricas que sempre aparecem na televisão de pessoas se espremendo pra conseguir uma vaga. Ai lembrei que eu não estagio. Ai lembrei que eu não conheço ninguém. Ai lembrei que eu preciso de um emprego pra ontem. Ai fiquei pensando nisso tudo. Ai fui ficando triste. Ai lembrei que ficar triste não adiantaria em nada. Ai fui tentanto me animar. Ai fiquei pensando em outros meios que possibilitariam que eu suprisse minha necessidade momentânea. Ai não consegui pensar em outros meios. Ai surtei.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Por isso não me toque...





BEM-ME-QUER
Rita Lee

Diga que me odeia
Mas diga que não vive sem mim
Eu sou uma praga
Maria-sem-vergonha do seu jardim

Você tem ciúme
Mas gosta de me ver rebolar
Eu topo tudo
Sou flor que se cheire em qualquer lugar

Bem-me-quer, mal-me-quer
Bem-me-quer, mal-me-quer

Rasgue minha roupa
Mas por favor não dê beliscão
Eu fico nua
Depois você reclama quando eu chamo atenção

Xingue minha laia
Mas venha me fazer cafuné
Eu faço greve
Até você me amar ou dar um pontapé

Bem-me-quer, mal-me-quer
Bem-me-quer, mal-me-quer

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Let's enjoy a Jam Session?

Sexta a noite. Dia inteiro avaliando as "competências" alheias em processo de seleção. Pessoas te confundindo mandando mensagens dúbias, ora saindo ora "talvez não". Tu acabado. Colega de trabalho te ligando pra sair pra comer mas você sem ânimo e sem grana. E então, o que fazer? Pra estas horas, a A Tarde Fm tem a resposta!

Let's enjoy the Jam Session drinking a beer and having some chats, and after, who knows, we can watch an old funny movie.

Iai... rola?

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

É que estou absorto em pensamentos...

Esta foi a resposta que dei a um amigo quando ele me indagou o motivo de meu repentino silêncio e do meu olhar vago. Mas com tantas indagações sobre tudo e todos, não poderia ser diferente. Sabe quando você se sente numa guerra sem armas? Sim, estou vivenciando a minha guerra fria. O problema é que ainda não identifiquei qual é o meu lado negro da força. Mas pensando bem, será que ele existe? Pronto, mais um pensamento a ser pensado. Mas uma dúvia foi instaurada. Mais um inquérito a ser apurado. Mais uma votação a ser realizada. E vamos seguindo, com a batalha do eu contra (ou a favor) do eu mesmo. Do sim contra o não. Do desejo contra o medo. Do amor contra o ódio. Do ser contra o não ser. Mas será que vou chegar a alguma resposta? Não faço a mínima. Mas enquanto isso, sigo com meus olhares vagos e com meus momentos de silêncio. Pois afinal, meu amigo, sim, eu estou absorto em pensamentos.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Viena

Ha, Viena eh muito bom viu? So acho estranho o alemao.. as vz doi os ouvidos esse ouvir esse povo falando... Bom, mas ja to de volta no dia 28, sabado. E confesso que ja to com saudades de casa.

Bjs a todos

sábado, 14 de julho de 2007

to vivo

eh so isso q posso dizer. a net acabadno e eu aqui em copenhaguem. Enfim, queria mantar todos bem noticiados, mas nao da!!! Bjs a todos... deopis conto tudo pessoalmente!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Paris

Bom, de inicio; este teclado eh horrivel e vou errar um monte pq to com pressa. Ta tudo bem aqui. Paris eh linda e fria hehehehe to amando. Ja fiz comprinhas pela Champs Elisee a pouco, tava em promocao. Entrei na Mega loja da Virgin e tava tocando One Last Chanche, que me lembrou The Last Goodbye, esqueci o nome do cara que canta. Mas a loja eh enorme. Nao tem interrogacao neste teclado... que saco(interrogacao). Bom, o chato eh que minha mala ta perdida por Madri. Sim, to sem mala aqui. Espero que achem logo. Bom, tenho que ir. Tomar banho p ir pro cirque du soleil. Depois eu entro com mais calma e dou mais noticias. Butterflies In My Stomach(Varias interrogacoes)

Au revoir, mes amies

Olafffff

domingo, 24 de junho de 2007

C'est Moi!

Olá, eu sou o Olavo, aluno do quinto semestre do curso de psicologia da Universidade Salvador, UNIFACS. Não gosto muito de falar de mim, pois acho que a graça nas relações é a descoberta. Talvez por isso prefira falar sempre dos meus defeitos (assim as pessoas já ficam cientes deles) e deixo as qualidades para serem descobertas com o tempo. Outro motivo para não gostar de falar de mim é evitar os ruídos da comunicação. Pois é fácil eu me achar sociável, amigo, sincero, malandro, impaciente, desonesto... Mas será que os outros também acharão? Ou seja, posso ser ou não tudo isso, vai depender da pessoa com quem me relaciono, mas mentiroso eu não sou!

Bom, posso falar de meus gostos e preferências. Gosto muito da noite, a acho mais produtiva. Consigo ficar fazendo um trabalho durante toda a madrugada, por exemplo, o que eu não conseguiria com facilidade pela tarde. Amo Música. Amo. Ela consegue mudar meu humor, me deixar feliz ou triste. Gosto muito de citar músicas. Tenho até certa facilidade para decorar letras de músicas. Simplesmente amo. Gosto também de sair com os amigos, pequenas reuniões em casa, onde se pode conversar, beber e comer.

Gosto de ler, apesar de não conseguir ler por muito tempo seguido. Mas tenho necessidade de ler algo, e um pouco de compulsão nisso. Sempre quero comprar livros novos, e fico feliz por estar montando minha pequena biblioteca. Gosto de viajar. Amo aquela sensação de “ser um turista”. Aquele descompromisso com o mundo, só você e o local. Ficar caminhando sem destino. Poder perceber e sentir a cultura. Viver verdadeiramente o local, mesmo que por poucos dias, e não apenas tirar fotos nos locais turísticos. Eu gosto das emoções. Do olhar, ouvir, tocar, sentir... Talvez por estar na fase da descoberta, do querer conhecer o mundo e abraçá-lo. Mas eu gosto da intensidade, da qualidade.

Bom, aí está um pouco de mim. Não falei de qualidades nem de defeitos, apenas do que gosto. Deixo estes aspectos para os que me conhecem ou os que querem me conhecer. Para finalizar, um trecho de uma música que está no novo CD de Marisa Monte, letra da própria Marisa, com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. Lembrei desta música agora, escrevendo o texto, e achei válido colocá-la. O título é “Infinito Particular”.

“Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular”

sábado, 28 de abril de 2007

Welcome to Tijuana...

... tequila, sexo e marijuana!

Tô aqui ouvindo Amy Winehouse. Eu gosto dela. Eu gosto desse new R&B, ou sei lá como chamam. O que importa é qu eu gosto. Me passa uma coisa boa, que combina com meu ritmo de vida atual. Uma energia positiva dentro de algo sinistro. É como se cantasse sorrindo uma desgraça. Não fiquem preocupados. Foi só um exemplo. Talves dantesco, mas um exemplo.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Sintonia

Não vou mentir que achei lindo o resultado:

Todos terminaram as questões com a palavra "obtidos".

terça-feira, 10 de abril de 2007

Doriana

Tem um cliente na locadora o qual eu não gosto. Ele não é chato, não é pegajoso, não é inconveniente e não fica enrolando pra escolher um filme. Mas ele me irrita muito, pelo simples fato de ser um cara sereno e viver sorrindo. Ele entra na locadora com uma cara de quem acabou de fumar um baseado, com aquele sorissão no rosto, numa paz revoltante! Se não conseguiram visualizar a pessoa, pense numa propaganda de leite ou margarina. Pois ele entra na locadora como se a vida fosse uma eterna propaganda da Doriana. E isso me irrita muito. Irrita porque para mim ele é uma farsa, assim como a Doriana. Eu não acredito naquele sorriso. Não acredito nas cenas dele correndo por um campo florido. Até porque nunca vi um campo florido. Não acredito nele passando Doriana num milho cozido quente, enquanto a Doriana se derrete pornograficamente. OU ele levando a boca uma fatia de torrada integral Tostines numa mesa de café da manhã enorme e sob o sol de uma manhã esplendorosa. E no momento em que ele morde a fatia de torrada, com Doriana, um pequeno pedaço de torrada se desfaz do pedaço mor, caindo sobre a mesa, fazendo o falso homem a dar uma gostosa gargalhada, como se agradecesse pela existência da lei da gravidade e de todo o meio ambiente. Resumindo, eu simplesmente não acredito nele.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Where'd you learn to tango?

Ontem, depois de um ocorrido, fiquei pensando: O quanto nos enxergamos para que possamos falar quem vale ou não a pena?

"Eu sou melhor que você. Mas por favor fique comigo que eu não tenho mais ninguém. "
Moreno Veloso


quarta-feira, 4 de abril de 2007

Se você disser que eu desafino, amor...

A verdade é que estava com saudades. Sim, sentia falta deste meu espaço terapêutico. Por mais que eu saiba que um ou dois desocupados o acessem. Mas não criei muito pros outros mesmo ( esse "muito" foi ótimo) ... É fato também que minha mente está, finally, pegando no tranco. Estou divagando horrores estes dias. Sem dúvida por influências acadêmicas. Tanto de pensadores já mortos, como outros, os quais tenho o prazer de ter o convívio em sala. Por isso:

"Eis aqui
Bicicleta, planta, céu,
Estante cama e eu
Logo estará
Tudo no seu lugar"

"Eis aqui
Chocolate, gato, chão,
Espelho, luz, calção
No seu lugar
Para ver você chegar"

Trecho de "Pelos Ares" - Adriana Calcanhoto