quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Cadê Platão?

Começou intenso este ano, revirando tudo que estava parado, nos forçando a encarar a vida sem vergonha e com coragem. Minha cabeça tem seguido esta tendência, especialmente nas madrugadas insones, me enchendo de pensamentos teóricos-históricos-psicológicos-filosóficos madrugada adentro.

É fato que adoro ter papos teóricos-históricos-psicológicos-filosóficos, e sinto falta de não os ter mais, lembrando dos épicos momentos de boteco e muita cerveja com meus queridos amigos da faculdade Zedi, Tourinho e Ricardo, quando varávamos a noite falando sobre assuntos que se interligavam, num ritmo constante e, em alguns momentos, intensos.

Mas parece que quando se cresce, o dia-a-dia vai te tomando estes pequenos prazeres, já que nunca sobra tempo para papos cabeças, já que "a vida é cheia e dura demais pra pensar nisso agora, tô cansado, quero ver uma comédia romântica besta que não me faça pensar em nada e me divertir". Sim, o mundo tem nos consumido, e estamos emburrecendo, perdendo a gostosa sensação de se debater, argumentar, contra-argumentar, bater na mesa e falar que esta tudo errado, que todos são tapados, e depois perceber que o tapado era você, ficando feliz ao perceber o quanto você aprendeu ali com aquelas pessoas diferentes.

Sim, estou precisando pensar mais, teorizar mais, debater mais, me sentir mais vivo, e não deixar que o mundo me engula, me torne mais um submisso de sua carga pesada. Vou tentar fazer isso neste novo ano, liberando assim minha mente nas madrugadas para fazer aquilo que lhe cabe naquele momento: dormir.