quinta-feira, 13 de março de 2008

Amsterdã só me surpreende!!!!

Amsterdã legaliza sexo ao ar live
Principal parque da cidade libera afagos noturnos para brecar a homofobia

Conselheiros holandeses apresentaram novas leis essa semana legalizando o sexo ao ar-livre no Vondelpark, famoso parque de Amsterdã, como parte de uma campanha não-ortodoxa para brecar a violência homofóbica.

A rádio local Radio Netherlands noticiou que os ataques a gays é um problema crescente na cidade famosa por sua tolerância, e alertou ainda que homens gays que visitam a área de paquera do Rose Garden, dentro do parque, estão correndo sério risco.

“A polícia diz que será mais fácil protegê-los se eles puderem se acariciar em público”, explica a rádio. “Uma rapidinha escondida entre arbustos, que geralmente acontece por medo de multas, transformam os gays em alvos fáceis para eventuais ataques.”

“Porque deveríamos nos opor à uma regra de algo que você não pode controlar? Além disso, não é um estorvo para outros visitantes e proporciona muito prazer a um certo grupo de pessoas”, disse o conselheiro-chefe Paul van Grieken, explicando a nova política.

SEX ALLOWED!
SEX ALLOWED!
“Mas ainda há regras”, ele adiciona. “As pessoas devem levar a sujeira e o lixo embora e não podem copular perto do parquinho. E o sexo deve ser limitado para a noite.”

DAVE CLARKE OPINA
O britânico residente em Amsterdã Dave Clarke elogiou a iniciativa, dizendo que, se cada um faz o que bem quer cuidando de si e ninguém fica ferido ou ofendido, não há problema algum. “Tenho certeza que todo mundo já transou num parque em algum momento da vida”

“Me incomoda o fato das pessoas fora da Holanda se importarem tanto com essas coisas”, opinou o überlord do techno. Dave fugiu de comentar as sugestões de que os holandeses são mais mente-aberta e entusiásticos sobre sexo do que os outros países europeus. “Eu não acredito em estereótipos sexuais por país.”

Fonte

terça-feira, 4 de março de 2008

Por que minha aversão a explicar textos?

Hoje de madrugada postei um texto sobre minhas emoções, meus medos, o meu dia... enfim, sobre o meu "estar-sendo" naquele momento. No final, coloquei uma observação avisando que aquele não seria um post com explicações posteriores. Então, para evitar possíveis interpretações mirabolantes, vou tentar explicar o por que eu não gosto de explicar meus textos.

Sempre gostei de ler, e cresci vendo propagandas do governo na tv, ou ouvindo meus professores na escola, dizendo coisas parecidas com: "Lendo um livro você viaja para outros mundo sem sair do lugar."

Viajar

Essa sempre foi a palavra que mais me prendeu nestas frases. Já pensou? Conhecer novos lugares, novas culturas, novas possibilidades, só e unicamente lendo??? Isso me encantava, e me encanta até hoje. E foi basicamente essa idéia que formou meu imaginário literário. E foi essas frases que me formaram como uma pessoa que encontra nos livros, nas músicas, e nos filmes, a minha viagem, o meu passeio.

Para mim, o momento de ler é como uma oportunidade de me aprofundar em mim mesmo. É a minha possibilidade de me conhecer através de outro objeto. É a maneira mais divertida de viajar nas minhas possibilidades, sem medo do que possa encontrar. E é baseado nisso que não gosto de explicar o que escrevo. Primeiro, porque é algo que é exclusivamente meu. São meus sonhos, meus medos, minhas ilusões, minhas alegrias. E elas não necessariamnete farão sentido pra uma outra pessoa. E segundo, e talvez o mais importante, o que me faz escrever é ter a possibilidade de dispor de um objeto que faça o mesmo nos outros, que possibilite que aquela pessoa que esteja lendo o meu texto, se encontre nele e pense: "porra, tem tudo a ver comigo!!!", o que, de fato, não necessariamente tenha a ver comigo, Olavo.

Cada um tem uma vida, e no desenrolar desta vida cada um aprendeu a ver o mundo com seu próprio viés. E, para mim, a graça de escrever textos abstratos e sem noção é exatamente possibilitar que quem o lê dê um sentido para ele, através de suas próprias lentes, criando assim mil roteiros sobre uma mesma história. E não determinar e fazer com que todos pensem igual a mim.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Are you fucking serious?

- Yeah!

Hoje foi um dia atípico. A terapia foi "kind of special", segundo a própria terapeuta. É verdade que falei. Falei muito. Soltei minhas angústias todas, avaliei a base dos meus medos e dos meus desejso (que estão intrisicamente ligados), cuspi minhas culpas, minhas tristezas e minhas faltas. Falei, falei, falei. Saiu tanto que no final da sessão o teto começou a tremer, perambulando de um lado a outro, me deixando completamente tonto deitado no divã.

- Eu tô tonto. As paredes estão dançando.
- Nada mais comum, depois de tanto afeto.

(...)

- Hoje foi um dia especial Olavo. Hoje você abriu uma porta que estava muito bem trancada. Pense mais sobre isso tudo durante esta semana. Relembre suas palavras. E principalmente, lembre de seus sonhos. Eles terão muito a que nos dizer na próxima segunda. A sessão termina por aqui hoje.



Want to believe that I'm all I need.



Fiquei até a pouco fazendo laudos pro estágio. Fiquei copiando e colando informações sobre os outros mas com a cabeça a mil, pensando em mim mesmo. Abri o Emule em busca de uma música qualquer de Piaf, para relembrar a melancolia de ontem, mas me deparei com Maggie Gyllenhaal e não resisti.

Aliás, já estou a uma hora não resistindo. Não paro de ouvir esta voz semi-rouca dizendo no meu pé de ouvido o que eu quero e não quero ouvir. É uma música do filme "Finais Felizes", o qual eu recomendo. Só para ter um gostinho, aí vai a música com trechos do filme:





And everything about this feels so strange.




Ps. Este é um post para não se explicar.