sábado, 27 de junho de 2009

Quintanianas


Estava no Fran's Café com uns amigos num dia desses aí quando surgiu o tema poesias no papo. Confesso que nunca fui um grande fã de poesias, achando chato mesmo. Uma ou outra, algumas vezes, conseguiram prender minha atenção, mas é algo difícil. No entanto, durante o bate-papo, foi dito o nome de Mário Quintana, algo como "se você quer começar a gostar de poesias, comece por ele". Pois bem, comecei. E até que gostei de algumas. Resolvi compartilhar aqui.


DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.


SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...

Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,

eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.


"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão
de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!"


sábado, 20 de junho de 2009

Sobre duas rodas

Hoje tive minha primeira experiência sobre duas rodas. Fiquei tenso no começo, já que não havia andado mais de moto desde o dia em que tirei a carteira (o que já tem uns meses). Mas depois fui relaxando e pegando o jeito. Ainda tenho medo dos carros, e ter andado hoje foi ótimo porque a cidade está super vazia por causa do São João. Mas o que me deixa mais alegre é saberque economizei 10 reais, o que gastaria de álcool se fisesse o mesmo trajeto by car.

Empty

Empty. It's what a feel about myself now. But isn't an ordinary feeling of emptiness, it's a strange one. Is it good? I really don't know.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hey Jude

Não estou podendo postar o que vem na minha cabeça nestes últimos dias, portanto estou deixando as canções falarem por mim. Então segue mais três vídeos, todos de um filme que amo, Across the Universe.









segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pride

Vontade da porra de falar, falar, falar, falar... nestas horas que eu vejo o quão determinado eu sou em algumas situações. Dá até pra ter orgulho.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pra você

Subindo a Ladeira
Vander Lee

Quando te vejo subindo a ladeira
Ponho minha roupa de domingo, toco violão
Lanço meu sorriso de Marcos Palmeira
Mostro meu corpinho fabricado pela malhação.

Quando te vejo subindo a ladeira
Faço aquele tipo mauricinho que é de matar
Te chamo prum pagode lá em Madureira
Mostro o meu book da Sonora pra te impressionar.

Por que você não vem me dar amor
Por que você não vem pra mim
Eu não sou a garota de Ipanema
Mas você também não é um Tom Jobim.

Expiadelicious

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Who am I to disagree?

Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
I Travel the world and the seven seas
Everybody’s looking for something

Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Você acredita no que quer.

Consegui ver "Divã" hoje no cinema e só posso dizer que o filme é muito bom. Bom tanto pra dar risada como também para pensar a respeito da vida. Fico feliz que os filmes brasileiros estão melhorando de qualidade, saindo do arroz com feijão básico e botando um humor mais inteligente, com diálogos que podem ser levaods para uma mesa de bar depois e comentados, aos montes. Foi o que aconteceu, ao mru ver, em 'Romance", e repetiu agora (lógico, "Romance" é muuuuuuuuuuuuito mais denso).

Uma das cenas chaves do filme é a primeira "alta" da personagem, quando ela dá conta da insignificância em ficar lutando contra uma maré que não está favorável para ela. Quando ela para pra ver que as coisas não são assim como ela queria que fosse, mas que nem por isso ela tem que deixar de viver ou até viver sofrendo por isso. Resumindo, quando ela aprende, psicanaliticamente falando, a conviver com a falta.

Acho que a grande graça de uma análise é se conhecer, aos poucos, para que num futuro você perceba seus próprios atos e como escroto você foi contigo mesmo. A graça (e o temor) de uma análise é, para mim, compreender que o outro não é você, que ele não vive para você, e que as coisas não funcionarão como você quer que sejam. Uma vez, um professor de Psicologia Analítica (mais conhecida como Junguiana) disse uma frase que marcou:

- A primeira coisa que você tem que ter em mente antes de culpar outrem é que as expectativas eram SUAS. Portanto, assuma o sentimento de decepção que você mesmo criou.

Pesado. Mas não menos verdadeiro. Chegando em casa, após cantarolar Grand'Hotel no carro, me avisaram de situações não tão éticas que aconteceram por ai. Infelismente (ou nao), eu não posso controlar as pessoas. Mas felizmente nós podemos não permitir sermos controlados por elas. Faça sua escolha e aceite suas consequências.