Percebi que as músicas são uma das poucas coisas que dominam meu racionalismo e me fazem sentir, me fazem entrar em contato com algo desconhecido, mas que esta ali. Uma de minhas queixas em terapia foi exatamente de minha falta de tato pras minhas emoções, e da falta que sinto de me permitir me emocionar.
Hoje, tenho a sensação de estar visualizando, logo a minha frente, uma piscina de emoções na qual vou me afundar, mergulhar, nadar, e vivenciar toda aquela experiência reprimida por anos. Mas ainda é algo que não tenho contato, que eu sei que chegará um dia, o que me deixa ansioso e com bastante medo, mas que ainda não tenho data nem maiores informações sobre.
O que as músicas, meu único instrumento de contato com minhas emoções, estão me dizendo nestes dias é que preciso parar de rodar no mundo, e dar mais atenção ao meu mundo, ao que o Olavo quer para o Olavo, o que o Olavo precisa sentir, fazer, desfazer, ouvir, ler... enfim, o que o Olavo tanto precisa?
Enquanto não tenho contato com esta piscina de emoções reprimidas, vou ouvindo minhas músicas e me deixando ser tocado por elas, aquecendo o caldo e diminuindo assim o choque quando pular com vontade nesta água.
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