sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

The Scientist

"Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start."

Pra quem não entende inglês...

"Ninguém disse que era fácil
Oh é mesmo uma pena nós nos separarmos
Ninguém disse que era fácil
Ninguém nunca disse que seria tão difícil
Oh me leve de volta ao começo."

Coldplay

domingo, 25 de janeiro de 2009

... e o mundo não se acabou.

Melhor final de férias não há! O show foi perfeito! Deus, como eu amo pessoas despirocadas! O show foi razoavelmente grande (por volta de 2 horas) e Adriana Calcanhotto é o ser mais doido que eu já vi. Ela chegou a lá maconha, meio de leve, meio lerda, com a vozinha mansa, cantando as baladinhas sentada... mas lá pro final do show, antes do primeiro bis (sim, foram dois!), a coisa já começou a empolgar. Ai Adriana saiu, o povo gritou o tradicional "mais um, mais um, mais um" e eles voltaram. Foi uma volta inicialmente tensa, uma coisa meio filme de suspense, mas dava pra perceber que ela já estava "ligadona". E sai Adriana. E volta Adriana. E Adriana canta novamente "Mulher sem razão", numa nova versão (bem melhor, por sinal), numa pegada meio rock e sei lá. E eis que, no grande final, a louca a lá cocaina, pega o copo de água e derrama o líquido em cima do rosto. Entrei em êxtase. Não satisfeita, ela pega o copo e joga pra cima. O copo cai no chão. Era de vidro. Êxtase². E Adriana agradeceu pela terceira vez, e saiu, e o público (também em êxtase) batendo palmas, e os músicos acompanhando, e o baterista pega um prato da bateria e fica batendo no prato acompanhando o ritmo das palmas do público, e depois de alguns minutos assim ele joga o prato no chão e tudo apaga. E Olavo atinge o clímax.

Gente, eu ADORO pessoas loucas, de verdade.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Presente de final de férias


Ao som de: Adriana Calcanhotto - Um dia desses

Esta são as minhas últimas férias da faculdade. No meio do ano até terá outra, mas é tão pequena que nem conta. O dia tão esperado está próximo, os "ultímos" estão chegando, último caderno, último ano, última matéria, último trabalho, última prova... e a energia de gozo vai se acumulando, esperando a hora para ser liberada. Obviamente que muitos trabalhos, projetos, provas, cadernos e afins virão posteriormente, mas, sem dúvida, a graduação é um marco importantíssimo na vida de um jovem do país.

E para fechar estas férias e abrir este ano tão importante com chave de ouro, ganhei um presentão de Jocasta Stormqueen, o ingresso para ir no show de Adriana Calcanhotto, maré, na Concha Acústica. Forma melhor impossível, ham? Já estou aqui ouvindo as musiquinhas pra amanhã estar afiado lá, só balançando bracinho e cantando.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sobre a brevidade da vida

Soundtrack: Going to a Town - Rufus Wainwright

Eu tenho um problema com o futuro, coisa de estrutura psicológica mesmo. Quando via anúncios de vendas de apartamentos, em que o futuro dono teria que ficar uns 10 anos pagando por ele, eu pensava: "Porra, mas eu nem sei se vou estar vivo daqui a dez anos!!!".

Já percebi que isso é uma falha minha, como disse, coisa de estrutura neurótica obsessiva que não consegue viver em sua plenitude sem ter garantias para tal. Mas as coisas tem mudado, e já estou me acostumando com a idéia de que eu posso não estar vivo amanhã, o que não me impede de continuar vivendo o hoje.

Mas se tem uma coisa que eu ainda não gosto é ficar fazendo planos com o que ainda não está certo. É crença minha, superstição boba, mas que toda vez que eu tento sair, acontece algo que me prende a ela. Eu acho que todas as coisas que já estão certas, tem grande chances de darem errado. Já vi isso em sala de aula também, falando de estresse, eu acho, das formas que as pessoas encontram pra enfrentar certas situações. Tem uma que, lembro-me bem de Jeane falando, a pessoa simplesmente prefere esperar pelo pior, porque o que vier de bom é lucro, e se nada de bom vier, já estava esperando por isso. Simplesmente Olavo cuspido e escarrado.

Também sei que isso não é bom. Uma coisa interessante em fazer psicologia (e que grande parte das pessoas que não fazem acham que é o contrário), é que durante os cinco anos de curso você irá se deparar com várias características suas, em materias totalmente diferentes, até mesmo opostas, e que isso tudo junto, lá pelo 5º semestre, irá te chacoalhar de uma forma que, sendo popular, ou você dá, ou desce. Até porque os vários "porques" e os "como melhorar isso?" você não encontrará na faculdade.

Mas mesmo sabendo que ver as situações desta maneira não é o ideal, eu ainda prefiro continuar assim. Porque me machuca muito ter algo hoje, dormir feliz pensando em uma conquista, e no outro dia, pela simples e bela instabilidade da vida, ter que desmanchar todo um sonho construído em um dia por duas mentes infantis e esperançosas. Por mais que a guerra ainda não esteja perdida, o gostinho da possibilidade da derrota, depois de experimentar a possibilidade da vitória, é mais difícil de se assimilar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nickname

Tenho um amigo (Rick) que escreve codinomes para as pessoas que ele cita no seu blog. Não sei bem qual é, de fato, a razão para isso, se é só uma forma divertida que ele encontrou mesmo, ou se é pra preservar a identidade das pessoas. Enfim, uma dessas pessoas que ele utiliza de codinome é Vítor, o que ele mudou pra Vapes. Fiquei pensando em Paulo, quem sabe talvez botar um nickname para ele também, e tentei o jogo da aproximação lógica. Se Vítor é Vapes, Paulo seria o quê?

Bom, em minha cabecinha, a resposta foi: Peuvis.

Preferi deixar Paulo mesmo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Verdades

Definitivamente estou passando por um momento intenso, importante, delicado e altamente perigoso de minha vida: a conclusão de um curso de graduação e a tão chegada na tão temida vida adulta. Já me perguntei várias vezes o que é ser adulto. Já tentei fraquejar algumas outras ao ver o quão difícil é abrir mão de algumas coisas em prol de uma certa maturidade. Já conversei com filósofos, durante minhas leituras noturnas, com minha terapeuta, durante minhas sessões mais intensas, e com amigos, acompanhado de cafés ou cervejas da vida. Mas afinal, o que é ser adulto? Como conseguir esta proeza? Como, enfim, chegar lá?

Como vocês podem imaginar, ninguém me deu tal resposta. E nem eu a descobri, até porque estou começando (começando???) a acreditar que ela não existe, como tantas outras que estão nos rondando por ai. "Não existe verdade, e sim verdades" (frase de alguém. Definitivamente não é minha).

Fiquei sabendo, a pouco, que meu primo agora é pai. Este meu primo, Aislan, era aquele primo-irmão, com quem eu brincava nas tardes de férias, viajava durante a semana de praia no sul da bahia ou nas praias capixabas, quem me mostrava o que fazer e, princinpalmente, o que não fazer (era um capeta o rapaz...). Mas sabe aquela sensação de "poxa, meu primo, aquele que tem quase a mesma idade que a minha (dois anos a mais), agora é pai"? Pois bem. Uns dias atrás alguém comentou comigo que a vida simplesmente nos empurra pra fora da caixa, nos presentando com situações cada vez mais complexas.

Não que o fato de meu primo ter tido um filho seja complexo para mim. Mas isso foi, definitivamente, uma pequena mostra de que a vida empurra, e eu já estou conseguindo ouví-la lá da ponta do precipício dizendo em alto e bom som:

- Neeeext!

Ficha de Orelhão

Mile anos depois....


Estes dias tenho pensado muito. Diferente de todas as outras pessoas normais, eu não consigo relaxar e dormir quando me deito na cama (o que, definitivamente, não é cedo). Passo horas e horas virando na cama, sentindo calor, frio, uma coceirinha na perna esquerda, um barulinho incomodando no ouvido direito... e junto com todas estas alucinações fisiológicas, minha cabeça começa a trabalhar e cria posts maravilhosos sobre coisas impressionantes que observei ao longo do dia. O problema é que, na hora de escrevê-los, na noite posterior à insônia, o texto já não flui mais como antes. Enfim. Vou tentar exercitar aquela velha história do caderninho do lado da cama, só que neste caso não será pra sonhos, e sim pra posts.