terça-feira, 24 de agosto de 2010

Trianon

Um perdido numa cidade suja, cheia e suja. Há tanto movimento em minha volta, tanta vida, tanta energia, enquanto eu permaneço parado, atônito, imóvel, suspenso. O grito vem na garganta e volta, com medo de acordar o vizinho. O medo tem dominado tudo: os gritos, os desejos, as frustrações e as esperanças. É difícil se guiar sozinho, acordar de manhã e decidir o que você irá fazer naquele dia, tentando lutar contra você mesmo, suas próprias barreiras e resistências.

Ou limitações?

Será que estou fadado a me limitar a isso? Será que o sonho idealizado não passará de mais um sonho? Será que aquelas palavras ditas há anos atrás serão, de fato, tão fortes que se tornarão barreiras intransponíveis, inquebráveis, imutáveis?

Respostas que terei que descobrir sozinho, pois elas só me farão sentido assim. Enquanto isso, virei mais por aqui.

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